A transformação digital mudou a forma como as pessoas se comunicam, acessam informações e compram produtos e serviços. Nos últimos anos, isso balançou bastante as atividades econômicas e fez emergir um novo conceito: a economia digital.
A economia digital se baseia no uso intensivo de tecnologias, como computação em nuvem, big data, inteligência artificial e internet das coisas. Essas inovações, incorporadas nos processos de negócios, permitem a criação de novos modelos empresariais, produtos e serviços e uma mudança nos já obsoletos processos tradicionais.
Mas, afinal, economia da tecnologia é um tema familiar para você?
Pois é sobre esse tópico que vamos debater neste artigo. Entenda o contexto da economia digital no Brasil, confira exemplos, assim como sua importância e vantagens.
O que se entende por economia digital?
A economia digital é uma atividade econômica resultado das bilhões de interações que acontecem diariamente entre pessoas, negócios, dados e processos. Sua espinha dorsal é a hiperconectividade, ou seja, a significativa presença digital e conexão entre pessoas, organizações e máquinas (computadores ou dispositivos).
Na prática, essa economia surge do impressionante crescimento e incorporação de tecnologias nos negócios. Aqui, sobre a economia digital, estamos falando desde a produção, distribuição e consumo de bens e serviços, assim como a criação de novos modelos de negócios.
Ascenção e impacto da economia da tecnologia
Não é preciso ir muito longe para reconhecer o impacto da economia digital.
Afinal de contas, quase todo mundo hoje é usuário de pelo menos uma rede social, onde os anúncios e vendas de produtos e serviços correm soltos a todo momento. Ou, ainda, muita gente é adepta de pagamentos por meios digitais, como PIX, bancos e carteiras digitais.
A economia digital recebeu holofotes voltados para si principalmente nos últimos anos. Essa atividade, que já estava em crescimento, tornou-se uma alternativa da qual empresários e gestores não puderam abrir mão durante a pandemia de Covid-19, estendendo-se ao pós pandemia.
Com isso, a presença digital das marcas e negócios nesse período permitiu não apenas a sua sobrevivência, como também a escalada e o crescimento das organizações.
Para tornar o assunto mais familiar, trouxemos alguns exemplos a seguir.
Exemplos de economia digital
A economia digital já está presente em nossas vidas de diversas formas. Um exemplo simples e bastante notável hoje é a facilitação das transações bancárias via PIX. Mas não só isso, pois o surgimento das fintechs também desburocratizou outros processos, como a gestão financeira das pessoas, que podem resolver praticamente tudo na tela do celular.
No agronegócio, setor importante para o PIB, a economia digital se manifesta através da adoção da tecnologia de precisão. Com ela, o produtor rural consegue controlar máquinas utilizando GPS, mapear a colheita e acessar dados de toda a cadeia produtiva.
E, no setor de seguros, a Mutuus é outro exemplo de como a economia digital está transformando os negócios. Como corretora digital, oferecemos uma plataforma de cotação, compra e gerenciamento de seguros empresariais de forma rápida, simples e livre das burocracias do mercado tradicional.
Para trazer outros exemplos, podemos citar também outras empresas populares e influentes, como o iFood, 99, Uber, Airbnb e Mercado Livre.
Como visto, muitas empresas souberam surfar na onda da transformação digital. Nesse contexto, é importante saber que a digitalização da economia redefiniu a entrega de produtos e serviços, assim como os parâmetros de trabalho e a experiência dos clientes.
Como está a economia digital no Brasil?
O retrato da economia digital no Brasil é positivo nos últimos anos.
Segundo o IBGE, em 2022, 86,5% das pessoas com 10 anos ou mais tinham celular para uso pessoal. Além disso, como mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 90% dos lares brasileiros já tinham acesso à internet.
O relatório Digital 2024 também reforça a forte presença digital:
- 187,9 milhões de usuários nas redes sociais;
- 144,0 milhões de usuários de mídias sociais;
- 210,3 milhões de conexões móveis celulares ativas.
Apesar de ainda haver um gap de inclusão, essa ampla conectividade, somada ao maior nível de maturidade das empresas, permitiu às pessoas realizar compras, transações online e acessar serviços diretamente da tela do celular.
Isso, como não poderia ser diferente, impulsionou muito o mercado digital.
Paralelamente, vários setores estão contribuindo de forma relevante ao PIB brasileiro. Em 2022, por exemplo, as atividades decorrentes da digitalização econômica, somadas, representaram cerca de 10% da economia do país, com os seguintes resultados:
- Publicidade digital: R$ 32,4 bilhões;
- Comércio eletrônico: R$ 262,7 bilhões;
- Software, serviços de TI e telecomunicações: R$ 653,7 bilhões;
- Serviços de nuvem: R$ 32,5 bilhões;
- Somatória geral: R$ 981,3 bilhões.
Vamos entender, então, como se dá na prática a economia digital?
Como funciona a economia digital?
A economia digital funciona de forma parecida à tradicional em vários aspectos.
No entanto, sua principal diferença está na base: na economia digital, as transações econômicas acontecem sempre em âmbito digital. Por isso, esse modelo requer uma infraestrutura que reúne internet, dispositivos, plataformas digitais e dados.
Essas plataformas são os ambientes online (como sites, e-commerces ou aplicativos) onde o consumidor acessa e consome o que a empresa oferece. Em alguns casos, esses ambientes são o próprio produto, como em serviços de streaming ou financeiros. Em outros, são o caminho para chegar ao produto final, como no e-commerce.
As tecnologias utilizadas, como internet das coisas (IoT), inteligência artificial (IA) e computação em nuvem, fazem a economia digital ser um modelo reconhecido por facilitar o trabalho operacional da equipe e oferecer uma experiência positiva ao cliente.
É válido destacar que a economia digital é dinâmica e se adapta rapidamente às demandas do mercado e dos avanços da digitalização. Por isso, quem quer se manter no jogo precisa estar antenado e buscar constantemente novas formas de inovar para continuar relevante e conectado ao seu público.
Qual a importância da economia digital?
Como visto, a transformação digital fez emergir nos últimos anos a economia digital – que já representa uma boa fatia do PIB brasileiro.
Com expectativas promissoras, a economia da tecnologia está moldando novas formas de consumo, conectando pessoas e empresas e repaginando os modelos de negócios.
Para corroborar isso, de acordo com estimativa da Oxford Economic, 25% do PIB mundial em 2025 será gerado pela economia digital. Isso é importante para o desenvolvimento econômico, geração de empregos e para democratizar o acesso a produtos e serviços.
Indo um pouco além, a economia digital não se limita a sua importância econômica. Isso porque o modelo facilita o comércio “além-fronteiras”, reduzindo barreiras geográficas e permitindo o surgimento de negócios inovadores em plataformas digitais.
Quais são os pilares da economia digital?
A economia da tecnologia é sustentada por alguns pilares que estão relacionados às tecnologias de informação e comunicação.
Esses pilares, por sua vez, são importantes porque viabilizam a entrada da tecnologia nos processos empresariais. Dessa forma, permitem otimizar processos, torná-los seguros e eficientes e, assim, constituem parte importante da economia digital.
Esses pilares são:
- Conectividade;
- Segurança da informação;
- Agilidade;
- Eficiência;
- Alcance.
Conectividade
A conectividade, por meio da internet, permite a integração de pessoas, dispositivos e sistemas. Na economia digital, sua aplicação é fundamental para o acesso e entrega de produtos e serviços, com alta qualidade e confiança aos clientes.
Segurança da informação
Com um amplo volume de dados circulando nas bases corporativas, torna-se vital proteger os registros de ameaças como vírus e ataques cibernéticos. Nesse contexto, as soluções de segurança permitem monitorar dados, antecipar problemas e detectar falhas.
Agilidade
Quando se fala em digitalização da economia, fala-se muito em processos ágeis e responsivos às diversas demandas. Nesse sentido, a agilidade é um pilar fundamental da economia digital, pois facilita respostas rápidas ao mercado e aos consumidores.
Eficiência
Outro pilar da economia digital é a eficiência. Isso porque a digitalização da economia, baseada em processos automatizados e ágeis, permite eliminar erros, reduzir custos e tornar menos burocráticos os processos de toda a cadeia.
Alcance
A economia digital avança sobre fronteiras físicas ou territoriais. Ou seja, não há limites geográticos. Com isso, um empresário do interior pode vender produtos e serviços para regiões mais aquecidas, como grandes métropoles, e até outros países, favorecendo a globalização econômica.
Quais são as áreas da economia digital?
Apesar dos desafios, a economia digital é, digamos, bastante inclusiva. Isso porque não existem setores econômicos específicos que se beneficiam da inovação. Muito pelo contrário, pois ela se estende a diferentes segmentos e portes de negócios.
A seguir, listamos os mais representativos:
- Comércio eletrônico: o e-commerce facilita a venda de produtos e serviços online, com maior comodidade para os clientes. Em 2023, o setor movimentou R$ 196,1 bilhões;
- Serviços financeiros: as fintechs vieram para desburocratizar os serviços financeiros. Com isso, a base de clientes pessoa física das fintechs brasileiras saltou de 25,6 milhões em 2022 para 46,7 milhões em 2023, um aumento de 82%;
- Saúde digital e telemedicina: de acordo com dados da Fenasaúde, mais de 30 milhões de atendimentos médicos foram feitos à distância no Brasil em 2023;
- Marketing digital: com a digitalização econômica, o marketing digital explodiu nos últimos anos. O setor tem o objetivo de promover produtos e marcas, atrair novos negócios e aproximar o relacionamento entre empresa e consumidores;
- Educação online: com essa modalidade, o aluno pode acessar cursos e conteúdos de onde estiver e quando quiser. Em dez anos, o ensino remoto cresceu quase 5 vezes;
- Trabalho remoto: outra fronteira expandida com a digitalização é trabalho a distância, que oferece liberdade geográfica para profissionais de vários setores, com forte crescimento recente.
Quais são as vantagens da economia digital?
Listar aqui todas as vantagens da economia digital é praticamente impossível.
Como consumidores, as comodidades do nosso dia a dia não nos deixam mentir: de fato, muita coisa ficou mais simples e fácil com a digitalização da economia. Mas, do ponto de vista das empresas, quais vantagens a economia tecnológica tem a oferecer?
Em uma realidade onde quase todo mundo tem um smartphone na mão, a transformação digital trouxe uma oportunidade nunca antes vista de explorar mercados internacionais.
Aliás, nem precisamos ir assim tão longe. Uma pessoa que vive em São Paulo, por exemplo, não precisa “aceitar” esse limite de fronteiras. Com a internet, ela pode avançar para outros estados e regiões do país e buscar pelo incremento de sua receita.
Além disso, com o uso da automação, a empresa pode fazer mais com muito menos. A partir do CRM de vendas e da automatização de processos, há uma economia de recursos operacionais que seriam gastos na contratação de um time maior, por exemplo.
Outra vantagem é o acesso rápido e em tempo real de dados e informações. Isso facilita a coleta de feebacks, o entendimento das necessidades e anseios dos consumidores, além da interpretação de dados, que ajudam gestores a tomar decisões mais certeiras.
Como adotar a economia digital na minha empresa?
Convencido sobre os benefícios da economia digital e quer implementá-la no seu negócio? Confira nossas dicas:
- Mapeie os processos atuais: analise como sua empresa funciona hoje, principalmente as etapas da jornada do cliente. Com isso, identifique os gargalos e ineficiências que podem ser resolvidos;
- Escolha tecnologias adequadas: comece com ferramentas simples de implementar, como e-commerce, CRMs e plataformas de pagamento;
- Invista em capacitação: ferramentas só funcionam bem se o time souber usá-las, não é mesmo? Portanto, promova treinamentos para tornar a digitalização uma parte verdadeira da cultura da empresa;
- Comece pequeno: não é preciso arriscar muito no início. Pise no acelerador devagar, teste ideias, reduza riscos e ajuste o que for necessário para crescer com segurança e de forma gradual;
- Priorize a experiência do cliente: a economia digital é sobre agilidade e conveniência. Coloque o cliente no centro, oferecendo atendimento, entrega e suporte que superem as expectativas.
Conclusão
Como visto ao longo deste conteúdo, a economia digital veio para ficar.
Dessa forma, a empresa que não adotar a transformação digital corre o risco de se manter estagnada ou, no pior dos casos, ter seus dias contados.
No entanto, ao entender esse conceito e adotar nossas dicas, em breve sua empresa também estará aproveitando os benefícios da economia digital.
Confira o blog da Mutuus Seguros para mais posts como este!
Ficou com alguma dúvida?