Como evitar acidentes inesperados ou, pelo menos, reduzir os transtornos quando eles acontecem? A gestão de sinistro tem exatamente essa finalidade e é muito importante para prevenir gastos desnecessários e ter respostas imediatas a eventos imprevistos.
Hoje, muitas empresas contam com equipes específicas — terceirizadas ou não — que exercem essa função e/ou investem em softwares criados justamente para auxiliar na gestão de sinistro e automatizar alguns processos. A estratégia beneficia muito os negócios, sobretudo a longo prazo.
Neste artigo, abordaremos o conceito de gestão de sinistro, além da sua aplicação e funcionamento. Ainda, vamos tratar sobre a relevância desse tipo de ação, sobretudo no caso do transporte de cargas. Confira!
O que é sinistro?
Os seguros de diferentes modalidades são contratados para proteger o segurado de determinados riscos. Nesse sentido, o sinistro é, de acordo com a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), a ocorrência de uma situação coberta pela apólice contratada durante o seu período de vigência.
Logo, isso significa que sinistro é um evento negativo, indesejado e imprevisto — como um desastre ou um acidente — que costuma gerar danos e/ou prejuízos aos envolvidos. É o caso, por exemplo, de um acidente com o caminhão ou de um roubo durante o transporte de mercadorias.
O que é gestão de sinistro?
A gestão de sinistro, por sua vez, refere-se ao gerenciamento desses eventos e envolve um conjunto de processos que buscam apoiar a empresa caso um sinistro aconteça e ajudar a diminuir os riscos em uma eventualidade desse tipo.
Portanto, podemos dizer que se trata de uma atividade ou estratégia que garante não apenas a prevenção de sinistros, mas também a redução de custos operacionais caso o inesperado ocorra, além de atendimento focado em resolver a situação o mais rápido possível.
Como funciona a gestão de sinistros?
Até pouco tempo, a gestão de sinistro costumava ser vinculada apenas a seguradoras e corretoras. Contudo, em função de trazer benefícios aos negócios, as empresas começaram a implementar esse tipo de estratégia internamente.
Via de regra, ela começa com um estudo detalhado de todas as áreas da organização, com atenção especial àquelas que apresentam maior risco de apresentar sinistro.
O objetivo dessa análise da estrutura interna é compreender como se dão as atividades e processos da empresa e os riscos envolvidos em cada um deles. Com essas informações, é possível identificar gargalos e desenhar ações estratégicas para minimizar as ameaças e perigos.
Como é possível perceber, essa parte da gestão de sinistro está mais ligada à questão da prevenção e controle, indo de encontro com o gerenciamento de risco, que consiste na adoção de práticas com essa mesma finalidade.
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Por outro lado, a gestão de sinistro também envolve o estudo e a definição de processos para lidar com os imprevistos, caso eles ocorram. Nesse sentido, são estabelecidos protocolos de ação em determinadas situações, a fim de trazer maior agilidade e eficiência de resposta.
Outro ponto importante que é considerado pelos profissionais que atuam no segmento é que se garanta o respeito às condições necessárias para o resgate do seguro. Já que, caso não sejam respeitadas, a empresa pode perder o direito à indenização.
Sendo assim, é importante entender que o segurado também tem deveres diante da seguradora e é papel da gestão de sinistro trabalhar para que eles sejam cumpridos. Para exemplificar, após a ocorrência de um incidente, é preciso enviar imediatamente um aviso de sinistro à companhia, assim como reunir toda a documentação necessária para a sua comprovação.
Quais as etapas do sinistro?
A maioria das seguradoras segue uma espécie de script diante da ocorrência de um evento desse tipo, o que normalmente é chamado de regulação de sinistro.
Desse modo, a primeira atitude nesse caso é a apuração de dados, que consiste na busca pela comprovação das informações e no entendimento das circunstâncias do acontecimento para o levantamento das causas, da natureza e da extensão do incidente.
Posteriormente, parte-se para a análise detalhada dos laudos de vistoria e de outros documentos, inclusive da apólice. O objetivo é verificar as coberturas contratadas e os riscos excluídos.
Por fim, temos o encerramento do sinistro, que se configura pelo pagamento da indenização ao segurado ou, ainda, pela negativa de indenização, no caso da seguradora ter justificativa para tanto.
Além disso, também faz parte da gestão de sinistro realizar o acompanhamento e o controle dessas etapas de modo a assegurar que tudo corra bem. Assim, se a seguradora solicitar um documento adicional, por exemplo, ou se for preciso comprovar algum equívoco em relação à análise do ocorrido, caberá a essa equipe agir.
Gestão de sinistros: Qual é a importância de fazer na sua empresa?
Fazer a gestão de sinistro só traz benefícios para a organização. Em primeiro lugar, a análise detalhada das atividades e processos internos permite, além de mitigar riscos e reduzir os imprevistos, que se invista na melhoria da operação em geral, o que é muito positivo.
Ademais, ter uma equipe focada em gerenciar sinistros possibilita uma mobilização mais ágil e eficiente diante de um incidente. Ainda, assegura o acompanhamento das etapas de regulação do sinistro pela seguradora.
Isso aumenta as chances de liquidação de forma positiva e ajuda a diminuir os custos da empresa em circunstâncias como essa.
Seguro de carga e gestão de sinistro para transportadoras
Apesar de não existir exclusivamente no segmento de transporte de cargas, quando se fala de gestão de sinistro, muitas vezes, faz-se referência aos sinistros de carga, ou seja, incidentes que ocorrem durante o deslocamento de bens ou mercadorias e que estão cobertos por uma apólice de seguro de transporte.
Isso não é por acaso: de fato, profissionais e empresas que transportam ou embarcam cargas estão expostos a inúmeros riscos diariamente. Sendo assim, os sinistros nesse setor são bastante comuns.
Nesse sentido, o seguro de transporte tem, justamente, a finalidade de minimizar os danos e transtornos causados por acidentes de trânsito, furtos, avarias, intempéries e outros tipos de situação que podem ser cobertos por uma apólice.
Em função disso, a gestão de sinistro é especialmente importante para transportadoras, já que estão expostas a muitas ameaças e precisam se proteger ao máximo para evitar prejuízos aos negócios.
Gerenciamento de riscos e gestão de sinistro
No caso dessas empresas, convém investir em uma ação complementar de gerenciamento de riscos e gestão de sinistros. O gerenciamento de riscos é o nome dado ao conjunto de medidas preventivas adotadas com o objetivo de diminuir os riscos inerentes à atividade de transporte.
Dentre essas estratégias, podemos citar a utilização de equipamentos para proteção e rastreio da carga e/ou do veículo, além do cadastro e consulta dos motoristas. Vale mencionar, ainda, que algumas dessas ações podem ser, inclusive, exigidas do segurado pelas seguradoras na própria apólice. Assim, são obrigatórias para que se garanta o pagamento da indenização prevista em caso de sinistro.
Portanto, unindo a gestão de sinistro ao gerenciamento de riscos, a transportadora garante uma maior prevenção de eventos indesejados, além de assegurar uma ação mais ágil e efetiva frente a situações desse tipo que, infelizmente, ocorrem diariamente.
Ficou com alguma dúvida?