Tudo muda o tempo todo e, consequentemente, o mercado de trabalho também não é o mesmo de décadas atrás. Hoje em dia, a retenção de talentos é aspecto crucial para o sucesso e a sustentabilidade de qualquer organização.
O profissional contemporâneo não busca apenas uma posição que lhe garanta status ou salário para pagar as contas. Ele quer se sentir reconhecido, vislumbrar crescimento e ter qualidade de vida. Diante de um cenário tão dinâmico e competitivo, com novos valores e metas, manter funcionários qualificados e engajados demanda estratégia.
Recentemente, um estudo da Sólides, empresa especializada em tecnologia para gestão de pessoas para pequenas e médias empresas, revelou que cerca de 90% dos profissionais acreditam que a retenção de talentos é responsabilidade de todos os gestores, não só da área de recursos humanos.
Neste artigo você entenderá o que é retenção de talentos, porque é tão importante evitar o turnover e como criar estratégias eficientes para evitar a alta rotatividade na sua empresa.
O que é a retenção de talentos?
A retenção de talentos pode ser definida como uma série de práticas adotadas por empresas para manter seus colaboradores talentosos e produtivos. Isso envolve desde a criação de um ambiente de trabalho positivo até o desenvolvimento de programas que promovam o bem-estar e o crescimento profissional.
A alta rotatividade é um grande problema para as empresas no Brasil, em todos os setores da economia. Também conhecido como turnover, esse movimento afeta a produtividade das equipes e impacta os custos com pessoal frente a desligamentos e novas contratações.
Segundo a renomada consultoria de RH Robert Half, a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), no ano passado cerca de 25,40% das empresa no país tiveram uma taxa de rotatividade entre 5% e 10%, enquanto em 22,7% das empresas houve uma taxa superior a 10%.
Nesse cenário, a retenção de talentos é uma necessidade e um desafio. Contudo, conhecendo a fundo as causas desse fenômeno, é possível reverter quadros negativos, criando ações efetivas.
Exemplos de retenção de talentos na empresa
Empresas que são referência em retenção de talentos frequentemente investem em programas robustos de desenvolvimento profissional, oferecem benefícios muito atraentes, promovem uma cultura inclusiva e valorizam o feedback contínuo.
Uma empresa que aplique esforços em planos de carreira bem estruturados, por exemplo, tem vantagem na disputa por mão de obra qualificada. Se houver aconselhamento individual focado em habilidades e metas, melhor.
De qualquer maneira, cada área de atuação tem suas particularidades e os perfis dos profissionais também são diversos.
Para alguns, é mais importante investir em questões financeiras e de desenvolvimento técnico. Para outros, haverá mais resultados se a empresa direcionar esforços nas questões de bem-estar emocional e em benefícios que resultem em qualidade de vida também fora do expediente.
Recentemente, o Linkedin anunciou o resultado da pesquisa Top Companies 2024, que elenca as 15 melhores empresas com menos de 5 mil funcionários para quem quer crescer profissionalmente no Brasil. Esse ranking é alimentado por dados da rede social.
Em comum, essas empresas têm sólidos planos de carreira, alta estabilidade e colaboradores que se dizem valorizados e com acesso a oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional.
Como funciona a retenção de talentos?
A retenção de talentos ocorre quando há políticas internas e práticas voltadas especificamente para esse tema. Ou seja, que buscam atrair, motivar e reter os melhores profissionais. Nesse contexto, é fundamental entender o perfil do profissional contemporâneo, suas dores e desejos.
Ainda conforme dados da consultoria Robert Half, os principais motivos pelos quais um funcionário se desliga da empresa são:
- Melhores oportunidades em outras empresas;
- Falta de oportunidades de crescimento na empresa;
- Salários abaixo da média do mercado;
- Problemas de conciliação entre trabalho e vida pessoal;
- Falta de reconhecimento e recompensas;
- Retorno ao trabalho presencial;
- Dificuldades de comunicação e feedback.
Com essas informações, é possível mapear pontos críticos na empresa e mobilizar gestores e RH na busca por respostas. O segundo passo é colocar a teoria em prática, tornando as mudanças efetivas, alinhadas ao que os funcionários realmente valorizam e esperam.
Qual a importância da retenção de talentos?
Reter talentos em uma empresa traz uma série de benefícios na gestão e na produtividade, ajudando de forma consistente a continuidade dos negócios.
É equivocada a ideia que muitos gestores têm de que o mercado está cheio de profissionais desesperados em busca de colocação e que é simples substituir qualquer funcionário. Essa mentalidade de gerenciamento é ultrapassada e pode ser extremamente prejudicial em termos de relacionamento e resultados.
De maneira geral, a retenção de talentos é importante porque:
Evita custos com a rotatividade de funcionários
Os custos associados à rotatividade incluem aqueles atrelados ao recrutamento e à seleção (anúncios, serviços de agências, tempo gasto em entrevistas de gestores e funcionários do RH etc.) e de desligamento (processos administrativos, preparação de documentos).
Há que se considerar, ainda, os custos de treinamento para os recém-chegados, tanto com material quanto de pessoal deslocado para a atividade. A integração de novos colaboradores também representa gasto financeiro e de energia.
Mantém a continuidade nos projetos
Fora os valores investidos nos processos de desligamento de funcionários e na contratação de outros, há os valores perdidos com o impacto negativo na produtividade e no andamento de projetos. Assim, para manter um andamento saudável dos trabalhos, a retenção de talentos é essencial.
Durante o período de adaptação, os novos colaboradores ainda estão se familiarizando com suas funções e responsabilidades, conhecendo as regras e a cultura da empresa. Ou seja, é inviável cobrar que apresentem 100% de eficiência e total produtividade.
Além disso, se um funcionário que sai mantinha um relacionamento estreito com clientes e fornecedores ou era responsável por garantir a qualidade de produtos ou serviços, a rotatividade pode afetar a satisfação do cliente e os bons resultados.
Preserva o conhecimento interno acumulado
Os custos associados à saída de talentos não são apenas financeiros. Funcionários que deixam a empresa levam consigo conhecimentos e habilidades adquiridos, o que pode representar uma perda de capital humano significativo.
Funcionários com anos de experiência conhecem bem os processos internos, as melhores práticas e os atalhos que ajudam a manter a eficiência operacional. Abrir mão desse know-how pode gerar atrasos, erros e custos adicionais, uma vez que novos colaboradores precisam aprender do zero.
Fortalece a reputação da empresa
Focar na retenção de talentos pode fortalecer a reputação da empresa como empregador de escolha, como um lugar de desejo para os profissionais. Ao contrário, a alta rotatividade afeta negativamente a imagem no mercado de trabalho, tornando a atração de pessoas qualificadas mais difícil.
Afinal, a reputação de uma empresa não está apenas no impacto da marca para o consumidor, mas também na cultura interna. Cada vez mais as organizações estão sendo observadas como um todo, especialmente na maneira como tratam as questões sociais e humanas a partir do seu quadro de funcionários.
Como o clima organizacional influencia na retenção de talentos?
Ao atentar aos principais motivos para a alta rotatividade nas empresas, é possível entender sem muito esforço que hoje em dia a retenção de talentos depende, em grande parcela, do clima organizacional.
Esse fator engloba o ambiente de trabalho, as relações interpessoais e a cultura da empresa. Salários e benefícios seguem sendo fundamentais, mas os profissionais têm exigido mais reconhecimento e qualidade de vida.
Um clima positivo promove o engajamento, a satisfação e o bem-estar dos colaboradores, contribuindo para a permanência na organização.
Quais são as estratégias de retenção de talentos?
Compreender as causas da alta rotatividade em uma empresa é fundamental, pois a partir desse entendimento será possível criar ações que alterem esse panorama.
Esse é um trabalho contínuo e que envolve a parceria entre gestores e a área de RH. É preciso muito alinhamento para que as práticas sejam internalizadas e levem aos efeitos esperados.
Diversas estratégias podem ser adotadas para retenção de talentos. Confira a seguir algumas delas.
Valorização dos funcionários
Para que efetivamente se possa atuar na retenção de talentos, a empresa deve valorizar as contribuições dos colaboradores por meio de incentivos (financeiros e de desenvolvimento profissional), elogios honestos e reconhecimento público.
Um ambiente no qual os funcionários se sentem valorizados e respeitados (pessoal e profissionalmente) tende a promover um maior engajamento e lealdade.
Programas de bem-estar
Uma forma de criar boas estratégias de retenção de talentos é oferecer programas que promovam a saúde física, mental e emocional dos funcionários. Isso pode incluir ações de fomento a atividades físicas, ginástica laboral, oferecimentos de suporte psicológico e acesso a variados serviços de saúde.
Desenvolvimento de liderança
Investir no desenvolvimento de liderança dos gestores, a fim de que possam apoiar e inspirar seus subordinados, também é uma maneira de focar na retenção de talentos. Uma liderança motivadora, que reconheça o esforço da equipe, saiba ouvir e dê retorno construtivos é essencial.
Isso pode incluir programas de mentoria, cursos de liderança, coaching executivo e projetos especiais que desafiem os funcionários a expandirem suas habilidades e assumirem novas responsabilidades dentro da organização.
Plano de carreira
Ter a certeza de que é possível crescer na empresa é um dos principais pontos na retenção de talentos. Assim, é muito importante criar planos claros e estruturados de desenvolvimento de carreira, que incluam oportunidades de promoção para todas as áreas e todos os níveis de atuação.
Cultura de feedback
A retenção de talentos também passa pelo estabelecimento de uma cultura em que o feedback construtivo seja valorizado e aplicado para o aprimoramento contínuo dos colaboradores e da organização.
O feedback contínuo ajuda os funcionários a entenderem suas forças, onde podem melhorar e quais as expectativas em relação a sua carreira. Essa prática ajuda a criar um ambiente de trabalho transparente e com mais confiança.
Inclusão e diversidade
Promover um ambiente de trabalho inclusivo, no qual todas as vozes sejam ouvidas e respeitadas, independentemente de origem, gênero, orientação sexual ou outras características, é fundamental para a retenção de talentos nos dias atuais.
Esse tipo de iniciativa e cultura demonstra responsabilidade social e ética da organização, o que contribui para uma menor rotatividade a partir de um melhor clima organizacional.
Benefícios corporativos
Além de salários competitivos, é importante oferecer benefícios competitivos atrativos, que demonstram uma preocupação real da empresa com o bem-estar e a qualidade de vida dos funcionários.
Entre as possibilidades estão plano de saúde abrangente, seguro de vida em grupo, previdência privada, auxílio-creche, bolsas de estudo, licença parental, horários flexíveis, home-office, entre outros.
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Como contratar o seguro de vida em grupo?
Contratar um seguro de vida em grupo para os colaboradores pode ser um grande diferencial na retenção de talentos. Essa medida envolve a seleção de uma seguradora confiável, a análise das coberturas oferecidas, a definição dos beneficiários e comunicação clara sobre os detalhes do benefício aos funcionários.
A Mutuus Seguros é a escolha ideal para esse serviço. Com reputação consolidada no mercado e parceria com as melhores seguradoras, ela vai lhe ajudar a entender todos os detalhes das coberturas do seguro de vida em grupo e contratar as que mais se adequam às suas necessidades.
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Empresas com foco na retenção de talentos estão alinhadas às mudanças no mercado de trabalho
Para que uma empresa seja competitiva e tenha um crescimento saudável, é preciso atentar à retenção de talentos. Em outras palavras, manter na equipe profissionais altamente qualificados e que estejam engajados nos propósitos do negócio é o grande “pulo do gato” das organizações em todo o mundo.
Em um mercado em constante mutação, não basta apenas oferecer bons salários, é fundamental ser estratégico, alinhando-se aos novos perfis e modelos de trabalho. Esqueça mesa de pingue-pongue e cerveja liberada na sexta-feira: o funcionário está atento e quer crescimento aliado à qualidade de vida.
Nessa caminhada, gestores e RH devem estar lado a lado para pensar medidas práticas e fugir do inimigo silencioso da alta rotatividade. Esse cenário envolve a criação de programas consistentes e contínuos de valorização e desenvolvimento focados em habilidades específicas, além de suporte para o bem-estar geral dos colaboradores.
Com isso, a empresa poderá consolidar uma posição de empregador de referência e ser desejada pelos melhores profissionais.
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