Os riscos cibernéticos são vistos como riscos de negócio, por isso, estar preparado para lidar com eles é o pressuposto de uma gestão de segurança empresarial.
De acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial de 2022, uma das áreas de riscos emergentes é justamente a segurança cibernética.
Para evitar prejuízos às empresas e promover o desenvolvimento sustentável, é imprescindível que os gestores trabalhem em ações de fortalecimento digital e proteção do ciberespaço de seus negócios.
Mas em um mercado cada vez mais digital, em que as informações circulam em diferentes níveis e passam por várias etapas e pessoas, como minimizar os riscos cibernéticos? É o que vamos ajudar você a entender neste artigo especial sobre o tema.
Entenda o que são riscos cibernéticos, os principais riscos, como avaliar e como se prevenir. Conheça ainda o seguro contra riscos cibernéticos e descubra como ele pode trazer mais proteção para as operações digitais da sua empresa.
Acompanhe!
O que são riscos cibernéticos?

A expressão “riscos cibernéticos” é utilizada para se referir a todo e qualquer risco de ataque criminoso praticado em ambientes virtuais. Pode ser o acesso indevido a dados e informações pessoais/sigilosas, realização de ataques bancários e até mesmo extorsão (ransomware).
Em linhas gerais, podemos dizer se tratar de crimes que envolvem tentativas de roubar, danificar e/ou destruir informações e dados de terceiros. Ações como essas podem comprometer servidores, sites e infraestruturas de tecnologia.
As empresas que trabalham com internet e lidam com a movimentação de dados precisam ter um olhar atento e cauteloso sobre os riscos cibernéticos.
Nesse caso, a legislação brasileira já trata da responsabilização envolvendo o uso de dados de terceiros. A Lei Geral de Proteção de Dados é um exemplo. Ela define responsabilidades das empresas com relação à manutenção e tratamento de dados.
A LGPD e estratégias de compliance estão intimamente relacionadas a boas práticas de proteção contra riscos cibernéticos. Somado a isso, produtos como o seguro contra riscos cibernéticos são amplamente utilizados como mecanismo de proteção. Adiante, falaremos mais sobre ele. Antes disso, você precisa entender melhor os riscos cibernéticos na prática.
Quais são as principais ameaças cibernéticas?
Como você pode ver, os riscos cibernéticos consistem em crimes praticados no meio online visando roubar, danificar ou destruir dados. Os criminosos, popularmente conhecidos como hackers, procuram vulnerabilidades em sistemas, instalando códigos que alteram dados do servidor ou dos equipamentos.
As ameaças podem atingir qualquer empresa de qualquer segmento de mercado. Hoje, desde o pequeno empreendedor até as grandes redes estão presentes no meio online. Todos estão sujeitos aos riscos cibernéticos. A seguir, vamos mostrar quais são os riscos mais comuns.
Malware
Malware é o nome dado aos softwares que são criados com a intenção de causar danos ao computador ou servidor.
Provavelmente, você já teve algum problema envolvendo malware. Sabe quando aparece um alerta de antivírus na sua tela depois de clicar em algo suspeito? É porque tem um malware tentando atacar.
Estes malwares são utilizados para se infiltrar nos computadores das empresas e, a partir daí, o risco só cresce: eles conseguem assumir o controle do computador, monitorar tudo o que está sendo feito pelo usuário e acessar dados confidenciais do seu computador e da rede a qual ele está ligado.
Para que um malware funcione é necessário que o usuário execute uma ação, como clicar em um link desconhecido recebido via e-mail. Depois que o usuário clica no link, o malware já está instalado e o risco cibernético se concretiza.
É por isso que existem muitas orientações no sentido de não clicar em links suspeitos. Em uma empresa com vários colaboradores e demandas diárias recebidas por e-mail e outros meios de comunicação, é natural que exista um risco majorado de que este tipo de problema aconteça.
Ransomware
O ransomware é um tipo de malware. Ele criptografa arquivos importantes da rede e depois os criminosos costumam praticar crimes de extorsão, exigindo o pagamento de um resgate para liberar o código de descriptografia do sistema infectado.
Para diminuir o risco de identificação, esses criminosos utilizam dados que não permitem sua identificação e pagamento em moedas virtuais — que são de difícil rastreio.
Os maiores ataques cibernéticos dos últimos anos foram desse tipo. Um dos mais conhecidos foi o ataque de 2017, chamado de WannaCry, que paralisou órgãos públicos em 150 países, especialmente na Europa. O Brasil foi o quinto mais afetado pelo ataque.
Phishing
Trata-se de um método utilizado para enganar pessoas fazendo com que elas compartilhem informações confidenciais — senhas e números de cartão de crédito são os mais comuns.
Geralmente, esses golpes são feitos por meio de anúncios em sites parecidos com os que você usa e e-mails.
Um golpe de phishing muito comum envolve o envio de e-mails por criminosos se passando pelo seu banco, na tentativa de coletar suas informações bancárias. Fingindo ser alguém “conhecido” fica mais fácil convencer o usuário de executar ações que, normalmente, não seriam tomadas.
Além de parecer um e-mail ou anúncio legítimo, estes golpes costumam trazer consigo uma mensagem de urgência. Isso acaba contribuindo para que o usuário seja induzido ao erro, clicando em links sem analisar com atenção aquela mensagem.
Ao abrir um anexo malicioso ou clicar no link, o usuário instala o malware no computador. A partir daí o criminoso terá acesso a informações confidenciais.
A melhor forma de combater esse problema é por meio da verificação de remetentes de e-mail e da atenção redobrada ao clicar em links e anexos.
Roubo de senha
O roubo de senha, também chamado de ataque de senha, acontece com muita frequência. A prática envolve a tentativa de adivinhar ou quebrar a senha do usuário.
Os criminosos usam diferentes técnicas para tentar descobrir senhas, razão pela qual é importante ter cuidado na hora de escolher a sua senha.
Confira algumas dicas na hora de criar a suas senhas:
- Não utilize números sequenciais e números conhecidos como data de nascimento, placa de carro ou número de telefone;
- Misture letras, números e caracteres especiais;
- Crie senhas extensas, com mais de 8 caracteres;
- Não use sempre a mesma senha, para cada local uma senha diferente;
- Aposte em gerenciadores de senhas para manter as informações seguras;
- Utilize a autenticação de dois fatores e proteções extras.
Quais as causas dos riscos cibernéticos?
Os riscos cibernéticos podem surgir de várias causas e é importante que você entenda essas origens para se proteger melhor. Além da principal causa, ou seja, a de hackers e criminosos cibernéticos usando técnicas como malware e phishing, há outras. Veja:
- Senhas fracas, cliques em links suspeitos e configurações incorretas de sistemas e redes;
- Falhas ou bugs em programas podem ser facilmente explorados por hackers;
- Acesso a informações ou sistemas por pessoas não autorizadas, o que frequentemente acontece por meio de credenciais roubadas;
- Uso de redes Wi-Fi públicas ou não seguras que expõem dispositivos a ataques cibernéticos;
- Ausência de políticas e práticas de segurança cibernética adequadas, como firewalls, antivírus e criptografia de dados — isso vale para pessoas e empresas;
- Funcionários, insatisfeitos ou negligentes, acessam e compartilham informações confidenciais;
- Dispositivos sem suporte de atualizações de segurança, tornando-os vulneráveis a ataques e, assim, cria um risco cibernético;
- Engano por meio de manipulação emocional ou se passando por uma autoridade de confiança para obter informações sensíveis (é o que acontece na engenharia social).
Quais os impactos de um ciberataque bem sucedido?
E quanto um ataque cibernético acontece… quais as consequências disso no dia a dia de uma empresa?
Bem, infelizmente, há vários impactos, como as perdas financeiras: as empresas podem enfrentar custos diretos significativos para reparar e recuperar seus sistemas após um ataque.
Pior: a interrupção das operações pode resultar em perda de receita, enquanto as multas e sanções regulatórias brasileiras são impostas por falhas na proteção de dados dos clientes.
Complicado, não?
Outro impacto significativo é o dano à reputação, já que a confiança dos clientes acaba sendo abalada. Isso cria um efeito dominó, que leva à perda de clientes e negócios.
Fora isso, também há a perda de dados, uma das consequências mais críticas. Informações sensíveis e confidenciais podem ser roubadas ou comprometidas, incluindo dados pessoais de clientes e funcionários.
Você deve imaginar o ambiente de insegurança e desconfiança que se cria por conta disso.
Outros impactos de as empresas não se protegerem dos riscos cibernéticos é que, quando vítimas de ataques virtuais, elas acabam enfrentando processos judiciais e ações legais de clientes e parceiros afetados pelo ataque.
O que envolve a gestão de riscos cibernéticos?
Antes de tudo, a gestão de riscos cibernéticos — ou gerenciamento de riscos cibernéticos, como também é chamada — trata-se de um processo contínuo e abrangente que envolve várias etapas.
Elas, em essência, servem para identificar, avaliar e mitigar ameaças à segurança da informação. É esse o propósito. É o que evitará que ataques cibernéticos aconteçam na empresa.
Nesse sentido, as etapas que fazem parte da gestão de riscos cibernéticos são:
- Identificação de todos os ativos de TI (hardware, software, dados e redes);
- Análise de possíveis ameaças e vulnerabilidades na empresa;
- Uso de firewalls, antivírus, criptografia e autenticação multifator;
- Treinamento de funcionários sobre práticas de segurança cibernética (isso engloba não clicar em links aparentemente inofensivos, por exemplo);
- Reconhecimento de tentativas de phishing e seguir políticas de senha forte;
- Monitoramento contínuo de sistemas e redes para detectar e responder a ameaças;
- Uso de sistemas de detecção de intrusão (IDS) e prevenção de intrusão (IPS);
- Procedimentos para identificar, conter, erradicar e se recuperar de incidentes de segurança;
- Revisão e atualização regular da gestão de riscos cibernéticos — e a importância disso fica ainda mais evidente quando entendemos que os cibercriminosos estão, continuamente, desenvolvendo novas formas de cometer crimes virtuais;
- Ajustes nas medidas de segurança da empresa para enfrentar novas ameaças, o que incluir manter a apólice do seguro cyber sempre renovada e com as coberturas certas (vamos entender isso melhor a seguir).
Você precisa ficar ciente de que essas são só alguns dos aspectos que fazem parte de uma gestão de riscos cibernéticos. Não se limita a essa lista.
Quais são as principais ações que as empresas estão tomando para evitar ataques cibernéticos?
Além do que acabamos de falar, existem mais ações que uma empresa, como a sua, pode adotar para se livrar dos riscos cibernéticos e, consequentemente, conseguir ter mais segurança no ambiente virtual?
Sim, e uma delas envolve a implementação de políticas de senhas fortes e únicas, com a utilização de gerenciadores de senhas para evitar reutilização.
Nessa mesma “pegada”, a empresa também deve prezar pela manutenção dos sistemas operacionais, aplicativos e dispositivos que usa para mantê-los sempre atualizados. E por quê? Porque é uma forma de corrigir vulnerabilidades conhecidas.
Quais os principais pontos para análise de riscos em segurança cibernética?
Como mencionamos, qualquer negócio, independentemente do seu porte ou área de atuação, está sujeito a riscos cibernéticos. O que muda é o contexto em que cada um está inserido.
Assim, para avaliar quais são os riscos atrelados às suas operações, é fundamental buscar o suporte de um profissional especializado em segurança digital.
Ele poderá avaliar os riscos em potencial e as medidas que eventualmente podem ser adotadas para a mitigação destes riscos.
Além disso, no cenário digital atual, ameaças cibernéticas são cada vez mais frequentes e sofisticadas — e é por isso que as empresas precisam de estratégias robustas para proteger seus ativos e sua reputação por meio de prevenção e resposta a incidentes.
Nesse sentido, destacam-se a prevenção e a resposta em caso de incidente. Entenda:
Prevenção:
- TechGuard SHIELD: treinamentos online de segurança da informação e simulações de ataques para preparar os colaboradores contra ameaças como phishing;
- Vulnerability Scan TechGuard: mapeamento de vulnerabilidades para identificar e corrigir brechas na infraestrutura de TI, analisando até 250 endereços IP externos periodicamente.
Resposta
- CIC – Cyber Intelligence Center (Deloitte): canal de resposta 24/7/365 com suporte especializado para contenção rápida de incidentes.
O que fazer para garantir a cibersegurança nas empresas?

A prevenção dos riscos cibernéticos está diretamente atrelada às particularidades de cada negócio. Por isso, é importante avaliar a realidade de cada empresa para entender como elaborar uma estratégia de prevenção.
A seguir, destacamos algumas das principais práticas de segurança.
Autenticação em dois ou mais fatores
A autenticação de dois fatores é um método de segurança amplamente utilizado e que traz uma camada adicional de proteção para a conta. O objetivo é confirmar a identidade do usuário mesmo que ele já tenha informado a senha.
Por isso, após inserir o login e a senha, o sistema solicitará uma segunda informação que deverá ser preenchida para liberar o acesso ao sistema.
Utilizar a autenticação em dois ou mais fatores é um método de proteção que ajuda a prevenir riscos cibernéticos, como as tentativas de acesso indevido a dados sigilosos.
Uso da nuvem
O sistema de armazenamento na nuvem possibilita a guarda de dados em servidores remotos, com isso, as informações ficam protegidas de ataques cibernéticos. Além de trazer proteção contra esses ataques, manter os arquivos na nuvem permite que o usuário os acesse de diferentes dispositivos conectados à internet.
Treinamento de toda a equipe
A proteção contra os riscos cibernéticos depende das boas práticas de proteção utilizadas pelos membros da equipe.
Se um funcionário clicar acidentalmente em um arquivo contaminado enviado pelo e-mail, todo o sistema já entra em risco. E, neste ponto, o gestor não tem como controlar todos os acessos e atividades dos colaboradores.
Por isso, uma das premissas para a proteção contra os riscos cibernéticos é, justamente, o treinamento dos profissionais. Os seus funcionários precisam estar cientes das políticas da empresa e de boas práticas visando à proteção contra riscos.
Desta forma, é importante restringir acessos a dados de acordo com setor e a função, treinar regularmente os colaboradores e atuar no sentido de reduzir o risco de que incidentes envolvendo ataques e violação de dados aconteçam.
Monitoramento regular
Por fim, o monitoramento regular do sistema é outro ponto de atenção e uma prática recomendada em todas as empresas, independentemente do seu tamanho. Monitorar ajuda a identificar riscos em potencial e adotar medidas preventivas.
Prevenção de riscos cibernéticos em home office
Com a expansão das atividades em home office, tornou-se fundamental falar em riscos cibernéticos nessa modalidade de trabalho.
Embora muitas empresas já tenham retornado seu modelo de trabalho para o escritório, há inúmeras outras que optaram pela modalidade de trabalho híbrida.
O grande ponto de atenção para a prevenção de riscos cibernéticos está relacionado à orientação dos colaboradores. Os profissionais que atuam em home office devem ficar atentos às seguintes práticas.
- Sempre verificar se o remetente dos e-mails é confiável: quando receber uma solicitação de ação que envolva envio de dados corporativos, nome de usuários, formulário de preenchimento de dados, números de contas e dados sigilosos, suspeite. Mesmo que tal solicitação aparentemente tenha sido feita por um colega de trabalho ou gerente, você deve confirmar a veracidade daquele e-mail; comunique-se com o remetente por uma fonte confiável;
- Mantenha antivírus e demais ferramentas de segurança sempre atualizados;
- Certifique-se de que sua rede doméstica é segura, defina senhas complexas que combinem letras, números e caracteres especiais;
- Não compartilhe a sua rede doméstica com pessoas desconhecidas;
- Realize o backup frequente das informações;
- Utilize VPN, pois ela criptografa as informações trocadas entre o colaborador e a rede da empresa.
Como você pode ver, há diferentes maneiras de proteger o seu negócio dos riscos cibernéticos.
Além de adotar boas práticas de proteção, as empresas têm à sua disposição outras estratégias e produtos, como o seguro contra riscos cibernéticos. Continue a leitura e conheça mais sobre ele!
Quem são os principais alvos dos criminosos digitais?
Empresas são alvos comuns dos cibercriminosos devido aos dados valiosos que possuem, e aqui entram as informações financeiras e pessoais dos clientes, por exemplo.
Nesse sentido, alguns setores são particularmente mais visados devido à natureza de seus dados. Por exemplo, o setor da saúde é alvo de ataques para roubar informações médicas, o setor bancário é alvo de ataques para roubar dinheiro e o setor de energia é alvo de ataques para causar interrupções no fornecimento de energia.
Fora isso, as pessoas, como eu e você, também somos alvos de fraudes e roubo de identidade — os criminosos digitais podem, por exemplo, usar técnicas como phishing e enviar e-mails ou mensagens falsas para enganar e, assim, obter informações pessoais.
Qual é a importância da cibersegurança?
A cibersegurança gira em torno de evitar ou eliminar os riscos cibernéticos. Mas… qual sua importância em termos mais práticos para uma empresa?
Essa segurança cibernética, como já abordado brevemente em alguns tópicos anteriores, é crucial para as empresas porque proteger informações sensíveis, como dados de clientes e informações financeiras, evitando prejuízos financeiros e danos à reputação.
Sendo assim, investir em medidas de segurança — firewalls e treinamento de funcionários, por exemplo — ajuda a prevenir ataques e a mitigar seus impactos.
Além disso, como vai ser melhor explicado ainda neste conteúdo sobre a Lei Geral de Proteção de Dados, cumprir as regulamentações brasileiras de proteção de dados evita multas e sanções legais. Ou seja, deixa a empresa longe de problemas legais e financeiros.
Ainda, a cibersegurança garante a continuidade das operações e a recuperação rápida em caso de incidentes, sobretudo quando ela tem um seguro contra ataques cibernéticos.
Quais são as principais tendências em segurança cibernética?
Por se tratar de riscos cibernéticos que mudam e “evoluem” ao longo dos anos, a segurança cibernética é um campo em constante mudança. Ou seja, há sempre tendências na área, tanto as negativas quanto as positivas. Vamos deixar isso mais claro nos tópicos abaixo:
Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning
A IA está sendo utilizada para automatizar a detecção de ameaças, analisar grandes volumes de dados em busca de padrões suspeitos e responder a incidentes de forma mais rápida e eficiente.
Enquanto isso, o machine learning permite que os sistemas de segurança aprendam com os dados e se adaptem a novas ameaças.
Segurança em nuvem
Com a crescente adoção da computação em nuvem, tema que você já deve estar a par ou pelo menos ter ouvido falar, a segurança desse ambiente se tornou uma prioridade.
Por conta disso, as empresas precisam garantir a proteção dos dados armazenados na nuvem, bem como a segurança das aplicações que rodam nesse ambiente.
“Mas… e o que isso quer dizer em ações práticas?”
É necessário adotar medidas como criptografia de dados, implementação de firewalls e controles de acesso rigorosos para evitar acessos não autorizados.
E mais: é importante fazer auditorias regulares e manter-se atualizado sobre as melhores práticas de segurança para mitigar riscos e proteger informações sensíveis contra possíveis ameaças cibernéticas.
Segurança da Internet das Coisas (IoT)
A proliferação de dispositivos IoT — e aqui podemos citar um punhado deles, como câmeras de segurança, assistentes virtuais e dispositivos inteligentes — criou novas vulnerabilidades.
A segurança da IoT envolve a proteção desses dispositivos contra ataques e a garantia de que eles não sejam utilizados como ponto de entrada para redes maiores.
Quer ver um exemplo?
As câmeras de segurança conectadas que uma empresa usa podem ser alvos de hackers. Elas, além de conseguir achar brechas para acessar as imagens, ainda podem usar essas câmeras como portas de entrada para invadir outros sistemas da rede corporativa.
Tenso, não é?
Ataques de ransomware
Esses ataques (criminosos bloqueiam o acesso aos dados de uma vítima até que um resgate seja pago) continuam crescendo em frequência e sofisticação. Infelizmente.
Por isso, outra tendência é que as empresas estão investindo em soluções para prevenir e responder rapidamente a esses ataques em particular.
Há organizações, por exemplo, que estão adotando políticas de backup robustas. Com isso elas conseguem garantir que seus dados sejam regularmente copiados e armazenados em locais seguros e separados da rede principal.
Ou seja, graças a essa prática, elimina-se um dos riscos cibernéticos. Além disso, ainda que um ataque de ransomware ocorra (afinal, criminosos podem desenvolver novas táticas para ter mais êxito), a empresa consegue restaurar seus sistemas a partir desses backups.
Phishing avançado
Técnicas de phishing estão se tornando mais sofisticadas, com ataques como QR Code Phishing e formjacking.
Por exemplo, no QR Code Phishing, os criminosos enviam códigos QR maliciosos que, quando escaneados, levam as vítimas a sites fraudulentos ou iniciam o download de malware em seus dispositivos.
Sobre isso, Jeremy Fuchs, pesquisador/analista de segurança cibernética, destaca:
“Os cibercriminosos estão constantemente encontrando novas formas de usar os QR Codes em campanhas de phishing. Recentemente, apontamos o uso de Ataques de Roteamento de QR Code Condicional”.
Já em relação ao formjacking, os criminosos injetam código malicioso em formulários de checkout de e-commerce: na hora que os clientes inserem suas informações de pagamento, os dados são capturados e enviados aos hackers.
Nesse sentido, como ressalta Greg Clark, CEO da Symantec: “Para as empresas, o aumento explosivo do formjacking reflete o risco crescente de ataques de logística, para não mencionar os riscos à reputação que as empresas enfrentam quando são comprometidas”.
O que é o seguro de riscos cibernéticos?
O seguro contra riscos cibernéticos, às vezes também chamado de Seguro Cyber Risk, é uma modalidade de seguro que foi criada visando à indenização de danos decorrentes de ataques cibernéticos. Ele se aplica a situações que envolvem, por exemplo:
- Roubo e vazamento de dados;
- Despesas relacionadas à extorsão cibernética;
- Lucros cessantes da empresa e de terceiros atrelados ao ataque;
- Sanções administrativas;
- Entre outros.
Este seguro ainda não é tão conhecido e difundido no Brasil. Entretanto, com a entrada em vigor da LGPD e das exigências que devem ser observadas pelas empresas, a tendência é que ele seja cada vez mais utilizado.
Por dentro da Lei Geral de Proteção de Dados
A Lei 13.709, mais conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados, ou simplesmente LGPD, é uma norma que visa trazer segurança digital voltada especialmente à proteção de dados de usuários.
Ela marca uma nova era no cenário jurídico brasileiro, já que implementa mudanças significativas no regramento e uso de informações de clientes, colaboradores e fornecedores.
Em linhas gerais, a LGPD determina que os clientes e usuários de sistemas devem ter suas informações protegidas, sendo responsabilidade da empresa adotar medidas de proteção.
Por isso, todas as pessoas jurídicas precisam conhecer a lei e criar soluções alinhadas às exigências por ela trazidas.
O cumprimento da LGPD é obrigatório e envolve, entre outras exigências: armazenamento seguro de dados, proteção e uso de dispositivos de segurança. Os usuários devem saber quais dados são armazenados e o motivo.
Além disso, as empresas devem excluir as informações pessoais da sua base de dados caso o cliente ou usuário solicite.
Neste contexto, o seguro para cibernéticos é uma proteção importante para as empresas, já que contribui para mitigar os riscos financeiros e multas da LGPD caso algum vazamento aconteça.
Como funciona um seguro de riscos cibernéticos?
A LGPD é apenas um dos fatores que devem ser levados em consideração pelos gestores. Além da necessidade de estar alinhado com a normas em vigor, é preciso estar ciente dos riscos e das deficiências que podem contribuir para ataques.
Dependendo do tipo de ataque, a empresa pode ter as suas operações inviabilizadas por um período. Já parou para pensar como isso pode refletir nos lucros?
Uma organização empresarial pode ter muitos prejuízos relacionados à violação dos seus dados, não se trata apenas com o descumprimento da LGPD. Ela pode perder clientes e sofrer danos à sua reputação.
Quando um ataque acontece, uma cadeia de eventos se segue e os gestores precisam estar preparados para lidar com isso. Além dos danos do ataque propriamente dito, haverá gastos com notificação das pessoas que foram afetadas pelo problema, com investigação, entre outros.
O seguro cyber tem o propósito de auxiliar em diferentes frentes, cobrindo, por exemplo, custos com honorários advocatícios, custos processuais, indenizações em ações judiciais transitadas em julgado, custos com pagamento de acordos extrajudiciais, custos de recuperação de dados, custos periciais, lucros cessantes, entre outros.
Na prática, ele funciona como grande parte dos seguros: há contratação e emissão de apólice. Ocorrendo o sinistro, a seguradora fica responsável pelo pagamento da indenização dos termos e limites do que está definido em apólice.
Um caso real
Esse caso que vamos falar a seguir aconteceu no setor de saúde.
Depois de uma investigação governamental e uma auditoria interna, um hospital acabou descobrindo que registros médicos e dados pessoais de cerca de 125 mil pacientes haviam sido roubados.
Olha o nível desse problema!
Um funcionário administrativo desse hospital foi preso por tirar print screens das telas, capturando nomes, números de telefone, registros médicos e, em alguns casos, números de previdência social dos pacientes.
O que foi feito para lidar com a situação?
Bem, o hospital montou uma equipe de crise.
Ela era feita por assessores jurídicos e de relações públicas, uma empresa de monitoramento de crédito e um serviço de notificação e call center.
Como existia o seguro cyber, a seguradora reembolsou o hospital com cerca de R$ 1,7 milhão por esses serviços que teve de contratar.
Meses depois, ocorreu uma segunda violação de dados. Essa não tinha relação com a anterior, mas também era um problema.
Novamente, a seguradora apoiou o hospital, reembolsando cerca de R$ 550 mil pelos especialistas contratados.
E há vários outros casos reais envolvendo laboratórios de exames, portal de notícias, escritório de contabilidade e até universidade que teve os dados dos seus alunos vazados… E isso tudo só mostra a importância de se contratar um seguro de risco cibernético.
O que cobre o seguro cibernético?
As coberturas do seguro cyber são projetadas para oferecer uma ampla proteção contra os diversos riscos cibernéticos e responsabilidades associados a incidentes cibernéticos.
Essa proteção é, de forma mais direta, uma forma de as empresas enfrentarem e mitigarem os impactos desses eventos. Confira as principais coberturas a seguir:
Responsabilidade por dados pessoais
Esta cobertura protege contra perdas financeiras resultantes da divulgação pública não autorizada de dados pessoais que estão sob a custódia do segurado.
Como você deve estar pensando, isso é crucial para evitar danos financeiros e reputacionais decorrentes de vazamentos de informações pessoais.
Responsabilidade por dados corporativos
Enquanto isso, essa proteção do seguro cyber oferece indenização por perdas associadas à divulgação não autorizada de dados corporativos confidenciais de terceiros que estão sob a custódia do segurado.
Ou seja, trata-se de uma forma de proteger segredos comerciais e informações estratégicas de clientes ou parceiros.
Responsabilidade por empresas terceirizadas
Essa cobertura cobre as perdas financeiras decorrentes de violações de dados pessoais que são processados por empresas terceirizadas, mas cuja responsabilidade recai sobre o segurado.
Responsabilidade pela segurança dos dados
Protege contra perdas resultantes de contaminação de dados, negação de acesso, roubo de códigos ou hardware e outras violações de segurança. Essa cobertura ajuda a manter a integridade e disponibilidade dos dados da empresa.
Custos de defesa
Cobre os honorários advocatícios e custas judiciais para a defesa em procedimentos legais relacionados a incidentes cibernéticos.
Isso inclui os custos associados a processos judiciais e outras disputas legais, o que, em termos mais claros, garante que a empresa fique protegida contra gastos elevados que possam surgir ao lidar com as consequências legais de um ataque cibernético.
Investigação administrativa
Fornece cobertura para honorários e custos relacionados a investigações administrativas que possam surgir devido a um incidente cibernético. Assim, essa proteção ajuda a empresa a arcar com custos de conformidade regulatória e investigações governamentais.
Sanções administrativas
A cobertura abrange as penalidades administrativas que a empresa precisar pagar devido a incidentes cibernéticos — e isso pode incluir multas, custos de conformidade e outras penalidades impostas por violações das normas de segurança de dados no Brasil.
Com essa proteção, a empresa fica protegida contra os encargos financeiros decorrentes de falhas na segurança cibernética.
Restituição de imagem para sociedade
Essa cobertura indeniza os custos para contratação de consultoria de relações públicas com o objetivo de mitigar danos à reputação da empresa após um incidente cibernético.
Ela é essencial para gerenciar crises de imagem e comunicação. É, afinal de contas, uma forma de a empresa se recuperar rapidamente de impactos negativos e manter a confiança dos stakeholders.
Essas medidas ajudam a restaurar a reputação da organização e a minimizar os efeitos prejudiciais de um incidente na percepção pública.
Restituição de imagem pessoal
Cobertura para os custos de relações públicas necessários para mitigar danos à reputação pessoal e profissional dos indivíduos afetados pelo incidente cibernético, o que pode incluir a contratação de especialistas em comunicação para ajudar a gerenciar a crise e a restaurar a imagem do indivíduo na mídia.
Só para isso ficar mais claro em sua mente, vamos supor que um executivo de uma empresa sofreu danos à sua reputação devido a um ataque cibernético que expôs informações pessoais.
Nesse cenário, essa cobertura pode financiar consultorias de relações públicas para desenvolver estratégias de comunicação e minimizar os impactos negativos na sua carreira e na sua imagem pública.
Notificação & monitoramento
Cobre os custos de notificação dos usuários afetados por uma violação de dados, além de monitoramento contínuo para proteger os dados comprometidos.
Por exemplo, se uma empresa sofrer um ataque cibernético que exponha informações pessoais de seus clientes, a cobertura financia a notificação imediata dos clientes sobre a violação e a implementação de serviços de monitoramento de crédito para evitar fraudes e abusos adicionais.
Olhando as vantagens da cobertura: graças às suas ações, é possível restaurar a confiança dos clientes na empresa e, ao mesmo tempo, reduzir o impacto negativo do incidente.
Dados eletrônicos
Essa cobertura do seguro de riscos cibernéticos indeniza os custos necessários para determinar, restaurar, restabelecer ou recriar dados eletrônicos após uma violação.
Desse modo, ela ajuda a minimizar o impacto operacional e financeiro causado pela perda de dados críticos.
O que o seguro de risco cibernético não cobre?
Algumas situações específicas não constam nas condições contratuais, logo, não fazem parte da sua cobertura do seguro de risco cibernético. Estamos falando das exclusões. Elas ajudam a definir claramente o que está coberto e o que não está no contexto dos riscos digitais. Confira:
- O seguro cyber é focado em danos digitais e virtuais, portanto, eventos que causam danos físicos ou a perda de bens materiais não estão cobertos;
- Qualquer ação intencionalmente prejudicial ou criminosa cometida pelo segurado não é coberta;
- Problemas relacionados à infraestrutura elétrica que resultam em perda de dados ou danos não são incluídos na cobertura;
- Se o segurado perde dispositivos que contêm dados não criptografados, a seguradora não cobrirá os danos resultantes;
- Qualquer violação de leis relacionadas a spam ou telemarketing não é coberta;
- O seguro cyber não cobre disputas legais relacionadas a patentes ou segredos comerciais.
Quais são as principais razões pelas quais as empresas devem investir em um seguro de riscos cibernéticos?

Já deu para perceber que os riscos cibernéticos são uma realidade e que um ataque pode impactar significativamente as operações da empresa.
O seguro de riscos cibernéticos foi criado com o propósito de preservar a responsabilidade da empresa no que diz respeito à gestão, proteção e manutenção de dados.
Levando em consideração as exigências da LGPD e as multas que podem ser aplicadas, os gestores precisam pensar em soluções de mitigação de risco.
Por isso, a empresa que opta pela contratação do seguro se vê protegida destes riscos, minimizando o impacto do problema caso um ataque venha a acontecer.
Para contratar você deve buscar o suporte de uma corretora de seguros, que vai ajudar a encontrar a seguradora mais adequada de acordo com o perfil e tamanho da sua empresa.
Listamos, a seguir, as principais razões para você considerar este investimento da sua empresa:
- A empresa fica mais segura com relação às exigências da LGPD;
- O número de ataques cibernéticos está crescendo nos últimos anos e é uma preocupação a ser considerada pelas empresas, conforme apontou o relatório do Fórum Econômico Mundial de 2022;
- A contratação do seguro riscos cibernéticos traz mais tranquilidade para os fechamentos de negócios e para os clientes;
- A proteção do seguro é um diferencial competitivo que pode agregar valor à sua marca.
Como você viu, os riscos cibernéticos são uma realidade e é preciso lidar com ela. Os gestores podem utilizar mecanismos, como o seguro de riscos cibernéticos, visando minimizar os riscos e trazer proteção tanto para a empresa quanto para seus clientes e parceiros de negócios.
Já pensou em contratar um seguro riscos cibernéticos para a sua empresa? Entre em contato com a Mutuus, solicite uma cotação e proteja o seu negócio!
Qual o valor do seguro de risco cibernético?
O valor do seguro de risco cibernético pode variar consideravelmente devido a diversos fatores.
Entre eles o perfil e histórico da empresa (empresas com um histórico de segurança mais sólido podem pagar menos em prêmios) e vigência do contrato, pois contratos de maior duração podem ter condições diferentes de pagamento.
Outros dois pontos levados em conta no custo do seguro cyber são o valor segurado, pois quanto maior o valor a ser segurado, maior pode ser o prêmio, e os riscos envolvidos (nesse sentido, as empresas em setores mais propensos a ataques cibernéticos podem ter custos mais elevados).
O que entendemos a partir disso?
Que o custo do seguro de risco cibernético não tem um valor fixo e depende das especificidades da empresa e dos riscos associados. O melhor a se fazer é cotar online com a Mutuus Seguros e ver quanto fica para o seu caso específico da sua empresa.
Como contratar o seguro cyber?
Para contratar contratar seu seguro cyber, é importante que faça isso através de uma corretora online. E nesse caso, a Mutuus Seguros é a melhor alternativa por conta da agilidade em fazer esse processo. Pode ser pelo seu celular ou computador.
Durante a contração, você terá de preencher um formulário com informações sobre sua empresa e um questionário sobre a sua estrutura de segurança digital e tratamento de dados, incluindo:
- Nome e CNPJ;
- Contato do responsável;
- Ramo de atividades;
- Faturamento;
- Tempo de existência;
- Ferramentas de proteção de sistemas, redes e mídias;
- Regularidade da realização de backup de dados;
- Frequência de queda de rede;
- Existência de criptografia de dados;
- Tipo de acesso e autenticação de rede;
- Valor de cobertura desejado.
Após enviar o formulário e receber propostas de diferentes seguradoras, compare os prêmios, coberturas e condições oferecidas.
Mas atenção: preste atenção às exclusões e limites de cobertura.
Feito isso, basta escolher a apólice que melhor atende às suas necessidades e formalizar a contratação (e não se esqueça de revisar cuidadosamente o contrato antes de assiná-lo).
Cote seu seguro de risco cibernético agora mesmo com a Mutuus
O que é questionário de avaliação de risco do seguro cyber?
O questionário de avaliação de risco do seguro cyber é um documento utilizado pelas seguradoras para analisar o nível de exposição de uma empresa a riscos cibernéticos.
Ou seja…
Ele funciona como ferramenta para coletar informações detalhadas sobre as práticas de segurança, políticas de proteção de dados, histórico de incidentes e processos internos relacionados à tecnologia da informação.
Esse questionário permite a seguradora avaliar o perfil de risco da empresa e determinar as condições da apólice, como valores de cobertura, limites e exclusões Ajuda, ainda, a identificar vulnerabilidades que podem ser melhoradas antes da contratação do seguro.
Entre os principais pontos abordados no questionário estão:
- Dados gerais da empresa: faturamento, setor de atuação e presença geográfica;
- Políticas de proteção de dados: existência de normas, conformidade com legislações e atualização das práticas de segurança;
- Infraestrutura de TI: uso de firewalls, antivírus, criptografia e backups;
- Gestão de terceiros: análise de fornecedores que lidam com dados sensíveis;
- Histórico de incidentes: auditorias realizadas, reclamações e investigações anteriores.
E o questionário de risco ransomware?
Um questionário de risco ransomware é um instrumento utilizado pelas seguradoras para avaliar o nível de exposição a riscos cibernéticos de uma empresa.
Seu foco específico, no entanto, está em ataques de ransomware (um tipo de malware que criptografa os dados da vítima e exige pagamento para a liberação).
Sendo assim, esse tipo de questionário ajuda a seguradora a entender como a empresa protege seus sistemas, dados e operações contra ameaças cibernéticas, especialmente aquelas envolvendo ransomware.
Ele contém uma série de perguntas relacionadas às práticas de segurança cibernética da empresa, incluindo, mas não se limitando a:
- Treinamento de funcionários: como a empresa educa seus colaboradores sobre os riscos de segurança?
- Soluções de segurança: o uso de ferramentas de segurança, como antivírus, firewalls, e sistemas de monitoramento para identificar ameaças e bloquear ataques;
- Autenticação e controle de acesso: políticas de autenticação multi-fator, controle de acesso a sistemas críticos e privilégios de acesso para minimizar a exposição a ataques;
- Respostas a incidentes: planos documentados para responder a um ataque de ransomware, incluindo a capacidade de detectar e conter incidentes rapidamente;
- Backups e recuperação de desastres: a existência de processos robustos de backup e planos de recuperação em caso de um ataque, garantindo que a empresa consiga se recuperar rapidamente sem pagar pelo resgate;
- Testes de segurança: a realização de testes de invasão e outras avaliações de segurança para identificar vulnerabilidades nos sistemas da empresa.
Sinistro no seguro de risco cibernético: o que fazer?
Se você precisar acionar o seguro cyber, tem de seguir algumas estas etapas para garantir que o processo de indenização ocorra sem problemas.
Cada seguradora traz particularidades quando se trata desse procedimento, porém, de forma geral, todos funcionam de forma similar. Na dúvida, é só conferir o trecho da apólice que fala sobre a comunicação e comprovação do sinistro.
De toda forma… o que o segurado deve fazer?
- Assim que possível, comunique qualquer reclamação, perda ou incidente cibernético às pessoas indicadas na apólice. Forneça todas as informações e documentos necessários que a seguradora pedir (vamos já detalhar os documentos);
- Colabore com a seguradora e qualquer regulador nomeado para investigar o sinistro. Nesse sentido, entregue todas as informações e documentos que eles solicitarem;
- Faça tudo o que estiver ao seu alcance para minimizar as consequências do sinistro;
- Facilite o acesso do representante da seguradora ao local do incidente para inspeção e forneça todas as informações e documentos para comprovação dos valores envolvidos.
E os documentos necessários no processo de sinistro do seguro cyber?
Entre os dados e documentos quase sempre solicitados estão:
- Local, data e horário do evento;
- Descrição do evento e dos danos;
- Nome e informações do terceiro prejudicado, se houver;
- Detalhes de como o segurado tomou conhecimento do evento;
- Propostas de honorários dos profissionais de defesa;
- Relatório do advogado com a narrativa das circunstâncias e diretrizes da defesa;
- Cópia integral dos autos da ação civil, se aplicável;
- Contrato social e última alteração contratual;
- Cópia do cartão do CNPJ;
- Cópia de identidade e CPF do representante do tomador;
- Documento de identificação do terceiro reclamante;
- Certidão de ocorrência policial, quando cabível.
Perguntas frequentes sobre riscos cibernéticos
O tema “riscos cibernéticos” é repleto de nuances, tanto por conta da variedade de alvos, que vai desde pessoas comuns até grandes empresas, quanto pelas novas táticas que os cibercriminosos encontram e desenvolvem ao longo do tempo.
Vamos esclarecer mais alguns aspectos importantes sobre esse assunto a seguir. Veja:
O que significa cibernético?
O termo “cibernético” refere-se a tudo que envolve tecnologia da informação e comunicação, especialmente relacionado a computadores, sistemas de rede e internet.
Quando a gente fala em riscos cibernéticos, tema deste artigo, estamos nos referindo às ameaças que podem comprometer a segurança de sistemas, redes e dados digitais.
Quais são os 5 principais ataques cibernéticos?
Conhecer os tipos mais comuns de ataques cibernéticos é fundamental para se proteger. Aqui uma lista resumida (mas você pode ver detalhes em tópicos mais acima):
- Phishing: cibercriminosos enviam e-mails ou mensagens falsas, se passando por empresas ou pessoas conhecidas, com o objetivo de roubar informações pessoais ou financeiras;
- Ransomware: esse ataque criptografa os arquivos de um sistema, tornando-os inacessíveis, com isso, os criminosos passam a exigir um pagamento (resgate) para liberar os dados;
- Malware: programas maliciosos — como vírus e ransomware — que infectam sistemas e causam danos ou roubam informações;
- Ataques DDoS: ataque que sobrecarrega um servidor ou rede com tráfego, tornando-o indisponível para os usuários legítimos;
- Engenharia social: técnica que explora a confiança humana para obter informações confidenciais — enganações, disfarces e manipulação são comuns nesse tipo de ataque.
Quais são os riscos dos ataques cibernéticos?
Os ataques cibernéticos, como falamos e exemplificamos ao longo deste conteúdo, podem resultar em riscos significativos, como perdas financeiras devido a fraudes ou interrupção de negócios.
Também geram danos à reputação da empresa, perda ou roubo de dados sensíveis, interrupção de serviços essenciais e possíveis consequências legais devido à violação de regulamentações de proteção de dados.
O que é problema cibernético?
Um problema cibernético refere-se a qualquer questão ou incidente que afeta a segurança, integridade ou disponibilidade de sistemas de informação e redes. Essa é definição geral.
Assim, esse conceito pode incluir ataques cibernéticos, como malware, phishing, ataques de negação de serviço (DDoS) e violações de dados, bem como falhas de segurança, como senhas fracas e configurações incorretas.
Qual é o primeiro passo na gestão de riscos cibernéticos?
O primeiro passo na gestão de riscos cibernéticos é a identificação de ativos. Esse é o ponto de partida.
Essa identificação envolve mapear e catalogar todos os recursos de TI da organização, como hardware, software, dados e redes.
A lógica por trás disso é que saber exatamente o que você precisa proteger é fundamental para avaliar riscos de maneira eficaz e implementar as medidas de segurança apropriadas.
É só pensar no oposto: sem uma compreensão clara dos ativos da sua empresa, é impossível desenvolver um plano de segurança cibernética abrangente e eficaz.
Outra coisa: ao identificar os ativos mais críticos, a empresa consegue direcionar seus esforços de segurança para onde eles são mais necessários — resumindo, ela reconhece suas prioridades e começa por elas.
O que causa um ataque cibernético?
Esse questionamento levanta um grande ponto porque as causas de um ataque cibernético são inúmeras. Elas, em última análise, dependem dos objetivos dos atacantes.
Aqui algumas situações que exemplificam essas causas:
- Motivações financeiras, visto que os criminosos buscam ganhos financeiros através de fraudes, extorsão ou roubo de informação;
- Espionagem, o que envolve o roubo de segredos comerciais ou informações confidenciais;
- Vingança pessoal, como pode acontecer com ex-funcionários insatisfeitos — houve um caso recente em que um ex-funcionário da Disney realizou um ataque cibernético e sabotagem de menus depois de ser demitido.
O que é cibercriminoso?
Um cibercriminoso é uma pessoa que comete crimes utilizando a tecnologia da informação e comunicação.
Esses criminosos virtuais se envolvem em atividades ilegais, como phishing, disseminação de malware, roubo de identidade, fraude financeira e extorsão através de ransomware. Seus objetivos podem variar desde ganho financeiro até espionagem e ativismo político.
Além disso, eles podem operar sozinhos ou como parte de grupos organizados — em 2024, por exemplo, durante a Operação Firewall, a Polícia Civil do Rio de Janeiro conseguiu desarticular um grupo cibercriminoso após ele ter invadido o sistema do Banco do Brasil.
Nesse sentido, Aamir Lakhani, diretor global de pesquisa e caça de ameaças do FortiGuard Labs, cita que “entender a mente do cibercriminoso é essencial para antecipar ataques”.
Qual é a motivação do cibercriminoso?
Os cibercriminosos são motivados principalmente pelo ganho financeiro, através de fraudes, extorsão e roubo de informações. Eles também podem ser impulsionados por espionagem e vingança pessoal de ex-funcionários insatisfeitos.
O que um analista de cibersegurança faz?
O analista de cibersegurança, também chamado de analista de riscos cibernéticos, é responsável por monitorar redes para detectar atividades suspeitas, analisar e corrigir vulnerabilidades em sistemas, implementar medidas de segurança e responder rapidamente a incidentes de segurança.
Eles também podem treinar funcionários sobre práticas de segurança e realizar auditorias para garantir a conformidade com as regulamentações brasileiras.
Mas resumindo a função: um analista de cibersegurança protege os sistemas e dados da empresa contra ameaças cibernéticas, garantindo um ambiente digital seguro e eficiente.
Ficou com alguma dúvida?