O local de trabalho é um espaço onde as pessoas passam grande parte de suas vidas adultas. É onde buscam realizar sonhos profissionais, contribuir para a sociedade e garantir o próprio sustento. Por isso, é fundamental também pensar em como manter a saúde no trabalho.
Isso porque o ambiente laboral pode ser um local com potencial de riscos significativos ao bem-estar físico e mental dos trabalhadores.
Segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, entre 2012 e 2022, foram registrados quase 7 milhões de acidentes de trabalho no Brasil só com profissionais no regime CLT. De forma mais clara, foi uma notificação para o INSS a cada 51 segundos e uma morte a cada 3 horas.
Esses dados são preocupantes e corroboram com a urgência de conscientização sobre o tema.
Por isso, você compreenderá neste conteúdo o conceito de saúde no trabalho, os diversos tipos de riscos ocupacionais, os desafios enfrentados e como a sua empresa pode promover estratégias para manter um ambiente laboral seguro e saudável para os colaboradores.
O que é saúde no trabalho?
A saúde no trabalho abrange o conjunto de medidas e práticas adotadas por uma empresa para promover o bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores no ambiente laboral.
Ela engloba não só a ausência de doenças relacionadas ao trabalho, mas também a promoção de condições que permitam o pleno desenvolvimento profissional e pessoal dos funcionários.
É importante ter em mente também que a saúde no trabalho impacta nos resultados dos negócios. Afastamentos por acidente ou doença envolvem prejuízos financeiros tanto para o trabalhador quanto para o empregador. Ou seja, investir e prezar pela segurança laboral deve ser prioridade para todos.
Quais são os 5 tipos de risco ocupacional?
Para garantir a saúde e o bem-estar no trabalho, é fundamental, antes, compreender quais são os riscos aos quais os funcionários estão expostos e que podem afetar a sua integralidade física e mental.
Esses riscos podem ser categorizados em cinco principais grupos: acidentes, ergonômicos, físicos, químicos e biológicos. Cada um deles tem características específicas e demanda medidas preventivas direcionadas para minimizar sua ocorrência e impacto.
Confira a seguir mais detalhes sobre os 5 tipos de risco ocupacional que afetam a saúde no trabalho:
Riscos de acidentes
Os riscos de acidentes envolvem situações que podem resultar em lesões físicas imediatas, como quedas, cortes, queimaduras, impactos, entre outros incidentes físicos que podem ocorrer devido a condições inseguras de trabalho.
Essas más condições se referem, por exemplo, à falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequados, má iluminação, falta de sinalização, equipamentos sem proteção e revisão ou até mesmo comportamentos inseguros dos trabalhadores.
Para garantir a saúde no trabalho, a prevenção desse tipo de risco deve focar na implementação de treinamentos em segurança, fiscalização periódica e manutenção preventiva.
Riscos ergonômicos
Os riscos ergonômicos estão relacionados à inadequação entre o profissional e suas condições de trabalho, como posturas inadequadas, esforços físicos intensos, movimentos repetitivos e mobiliário inadequado.
Esse tipo de risco pode levar a distúrbios musculoesqueléticos graves, como a Lesão por Esforço Repetitivo (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).
Para garantir a saúde no trabalho, a ergonomia é palavra de ordem. Em outras palavras, é essencial adequar o local e as condições de trabalho às capacidades e limitações físicas dos trabalhadores. Isso promoverá conforto e segurança para melhor eficiência no desempenho das atividades laborais.
Riscos físicos
Os riscos físicos compreendem exposições a agentes no ambiente laboral, como ruídos excessivos, vibrações de grande impacto, temperaturas extremas (calor ou frio), radiações, pressões anormais, umidade, entre outros.
Todos esses fatores podem afetar a segurança e a saúde no trabalho e podem ser minimizados e até eliminados a partir de medidas de combate e prevenção.
A gestão dos riscos físicos envolve monitoramento dos níveis de exposição, uso de equipamentos de proteção adequados, controle de fontes emissoras e projeto adequado de instalações e processos para minimizar ou eliminar esse tipo de risco.
Riscos químicos
Os riscos químicos no ambiente de trabalho estão ligados à exposição a substâncias nocivas (solventes, gases, poeiras, líquidos e vapores tóxicos). Isso porque elas podem causar intoxicações e doenças respiratórias, dermatológicas e até problemas mais graves, como câncer e danos ao sistema nervoso.
Essas substâncias podem causar danos à saúde dos trabalhadores por meio de inalação, contato cutâneo ou ingestão.
Assim, a gestão dos riscos químicos inclui identificação das substâncias perigosas, avaliação dos riscos associados, aplicação de medidas de controle (ventilação adequada, uso de EPIs, substituição por substâncias menos perigosas) e treinamento dos trabalhadores sobre os procedimentos seguros de manuseio.
Riscos biológicos
Os riscos biológicos referem-se à exposição a agentes biológicos (vírus, bactérias, fungos e parasitas). Eles podem estar presentes em ambientes de trabalho como hospitais, laboratórios, setores de limpeza e saneamento, indústria de alimentos e fazendas.
Esse contato pode causar doenças infecciosas, intoxicações, alergias e até mesmo problemas psicológicos, dependendo do tipo de agente envolvido e do nível de exposição.
Portanto, para garantir a saúde no trabalho, é preciso gerenciar esse tipo de risco a partir de ações de higiene rigorosas, vacinação quando aplicável, uso de EPIs adequados (como luvas, máscaras, aventais), controle de infecções e procedimentos de descarte seguro de resíduos biológicos.
Saúde no trabalho: exemplos práticos
Para ilustrar a importância da saúde no trabalho, considere os dois exemplos a seguir.
Exemplo 1 – Fábrica de produtos químicos
Nesse ambiente, os trabalhadores estão expostos a uma variedade de perigos evidentes, incluindo substâncias químicas tóxicas e inflamáveis. Sem medidas adequadas de segurança e saúde ocupacional, eles podem sofrer intoxicações, queimaduras e outros danos à saúde.
Para evitar problemas e acidentes, é preciso focar em três pilares: treinamento, avaliação de risco e manutenção de equipamentos. A partir disso, deverão ser pensadas ações efetivas para seguridade e proteção das equipes.
O treinamento deve ser robusto e focar no manuseio de substâncias e uso correto de EPIs. A disponibilidade desses equipamentos é vital, por isso, os gestores devem estar sempre atentos aos pedidos e feedbacks dos funcionários.
Nesse sentido, é importante criar programas de monitoramento da saúde dos funcionários expostos a produtos químicos. Exames médicos regulares e vigilância ambiental são exemplos disso. Eles ajudam a identificar qualquer impacto na saúde a longo prazo.
Deve-se atentar, ainda, à realização de auditorias de segurança e revisões de equipamentos e melhoria contínua em processos para garantir a conformidade regulatória, além de boas práticas de indústria.
Exemplo 2 – Escritório
Já na parte administrativa de um escritório os riscos e demandas são muito diferentes do chão de fábrica da indústria. Nesse contexto, os profissionais não estão expostos a substâncias, mas há ameaças mais sutis, até mesmo mais difíceis de serem detectadas.
No mundo corporativo, a ergonomia e a saúde mental são os principais pontos de alerta. Dessa maneira, será preciso investir em mobiliário adaptado e em políticas organizacionais que privilegiem a criação de uma ambiente de trabalho positivo e inclusivo.
Devem ser realizadas campanhas regulares que abordem a comunicação aberta e o feedback construtivo, focando especialmente em gestores e outros cargos diretivos. A gestão do estresse no ambiente corporativo é fundamental para apoiar o bem-estar no trabalho e a saúde emocional dos funcionários.
Qual a importância da saúde e bem-estar no trabalho?
Investir na saúde e bem-estar no trabalho traz inúmeros benefícios tanto para as empresas quanto para os funcionários.
Isso porque organizações que promovem um ambiente laboral seguro e saudável tendem a ter profissionais mais motivados, produtivos e engajados. Por isso, esse investimento contribui de forma significativa para a melhoria do desempenho organizacional.
Confira a seguir por que estar atento às questões de saúde e bem-estar no trabalho é muito importante:
- Redução do absenteísmo: funcionários saudáveis têm menos probabilidade de faltar ao trabalho, o que mantém a continuidade das operações e reduz custos com substituições recorrentes;
- Redução do presenteísmo: saúde no trabalho garante não apenas que o funcionário compareça ao trabalho, mas que durante o expediente ele possa se dedicar total e plenamente às suas tarefas;
- Melhoria do clima organizacional: um ambiente que valoriza a saúde e bem-estar no trabalho promove um clima positivo, com maior satisfação, colaboração e espírito de equipe, reduzindo o turnover;
- Aumento da retenção de talentos: empresas que investem na saúde no trabalho são vistas como empregadoras socialmente corretas e ocupam as primeiras posições na lista das mais desejáveis, o que ajuda na retenção de talentos qualificados;
- Aumento da eficiência e qualidade: funcionários bem cuidados tendem a ser mais eficientes e capazes de manter altos padrões de qualidade no desempenho das funções;
- Redução de custos com saúde: investir na prevenção de doenças e promoção da saúde no trabalho pode reduzir muito os custos com planos de saúde e tratamentos médicos.
O que é necessário para manter a saúde no trabalho?
Para manter a saúde no trabalho, é fundamental adotar medidas práticas preventivas e corretivas que busquem eliminar ou minimizar os riscos ocupacionais.
Essas medidas incluem desde políticas organizacionais até ações individuais que criem um ambiente laboral seguro, saudável e produtivo, abordando aspectos de segurança física e iniciativas de apoio ao bem-estar psicológico dos profissionais.
Confira a seguir alguns elementos fundamentais para garantir a saúde no trabalho:
Promover um local de trabalho seguro
O principal ponto quando se fala em saúde no trabalho é a promoção de segurança, seja física ou mental. Assim, é primordial adotar uma cultura voltada ao bem-estar laboral em que empregadores e empregados conheçam o tema e estejam engajados em melhorias.
Entre as principais medidas de segurança que podem ser implementadas estão a disponibilidade e o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), treinamentos de segurança frequentes, inspeções regulares e manutenção preventiva de equipamentos.
Focar na ergonomia dos funcionários
A ergonomia é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar no trabalho em qualquer área de atuação. Ela se concentra no design e na organização dos espaços, equipamentos e tarefas para melhorar a interação entre as pessoas e o ambiente de trabalho.
Com isso, é possível proporcionar condições confortáveis e seguras, evitando doenças musculoesqueléticos graves e afastamentos prolongados, mantendo a produtividade e criando um ambiente positivo.
Manter benefícios voltados para saúde e bem-estar
Para fortalecer ações de saúde no trabalho, é interessante oferecer programas de saúde ocupacional, que podem abranger acesso a serviços médicos e psicológicos, ginástica laboral e incentivo financeiro à prática de atividades físicas (academia, natação, pilates etc.).
Por isso, para maximizar o impacto desses benefícios, é importante comunicar sua disponibilidade de forma clara e incentivar os funcionários a participarem ativamente. Além disso, deve-se avaliar regularmente a eficácia dos programas para fazer ajustes conforme necessário.
Incentivar equilíbrio entre a vida pessoal e profissional
Para manter um estado geral de saúde mental no ambiente de trabalho e reduzir os níveis de estresse, deve ser prioridade estabelecer políticas que promovam o equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal.
Esse tipo de medida inclui horários flexíveis, possibilidade de home office, programas de apoio à família e licenças remuneradas.
Atentar-se às legislações vigentes
O Brasil tem uma legislação muito completa no que diz respeito à segurança no trabalho, com rígidas normas regulamentadoras que orientam e especificam procedimentos vitais ao bem-estar e à qualidade de vida dos trabalhadores.
Sendo assim, além de ser uma medida de cuidado e proteção ao trabalhador, o empregador estará se alinhando às diretrizes mais atuais de segurança e em conformidade com o que preconizam as leis do país.
Contar com proteção de vida a todos os funcionários
Oferecer seguro de vida em grupo é uma maneira de garantir a segurança financeira dos colaboradores e suas famílias em caso de acidentes, invalidez ou morte. É possível, ainda, ter outras coberturas adicionais, como assistência funeral, suporte a doenças graves e apoio psicológico para os beneficiários.
Saber que estão cobertos por um seguro de vida em grupo proporciona aos funcionários um senso de segurança e estabilidade financeira. Por isso, instituir um seguro coletivo demonstra um compromisso genuíno da empresa com o cuidado e o bem-estar dos profissionais.
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Como contratar um seguro de vida em grupo?
Para contratar um seguro de vida em grupo, é importante buscar por uma corretora de seguros de qualidade. Com ela, será possível solicitar cotação do seguro de vida e, a partir disso, avaliar as coberturas oferecidas, os valores dos prêmios e as condições contratuais antes de tomar uma decisão.
Nesse sentido, a Mutuus Seguros, corretora de seguros especializada em diversos seguros empresariais, como o seguro de vida, vai ajudar você na escolha do plano mais adequado às necessidades da sua empresa e colaboradores, esclarecendo todas as dúvidas.
Investir em saúde no trabalho é garantir o bem-estar do trabalhador e a continuidade dos negócios
A saúde no trabalho não é só uma preocupação tangível — é um imperativo moral e econômico para as organizações modernas. Assim, é fundamental na garantia da segurança e bem-estar dos profissionais, sendo fator de impacto na sustentabilidade das empresas.
Além do mais, investir no bem-estar físico e mental dos funcionários aumenta a produtividade e a satisfação no trabalho. Aliás, mais do que isso: demonstra um compromisso genuíno da empresa com o capital humano.
Portanto, nesse cenário, cabe às organizações e aos gestores adotarem medidas proativas para garantir a implementação de medidas que promovam um ambiente laboral seguro e saudável, reduzindo riscos ocupacionais e custos relacionados à saúde.
Ficou com alguma dúvida?