A tecnologia está presente em quase todos os aspectos da vida contemporânea. Diante disso, a segurança cibernética emerge como pilar fundamental para preservar a integridade, a confidencialidade e a disponibilidade dos dados e sistemas digitais.
Não se pode negar os incontáveis benefícios que o avanço exponencial da tecnologia trouxe. Contudo, é importante lembrar que ele também abriu portas para uma série de ameaças cibernéticas, tornando a proteção dos ativos digitais de uma empresa uma prioridade incontestável.
Segundo o relatório IBM sobre cibersegurança, o X-Force Threat Intelligence Index 2024, o Brasil é o país mais visado pelos criminosos na América Latina, representando quase 68% dos ataques cibernéticos a empresas na região.
Neste artigo, você compreenderá o que é segurança cibernética, os principais riscos e como proteger sua empresa deste tipo de violação.
O que é segurança cibernética?
Segurança cibernética é o conjunto de práticas, tecnologias, processos e medidas desenvolvido para proteger sistemas, redes, dispositivos móveis e dados contra ataques virtuais, danos ou acessos não autorizados.
Em um mundo cada vez mais digitalizado, a cibersegurança tornou-se uma preocupação central para organizações, governos e indivíduos. Isso, sobretudo, devido ao aumento do número dos ataques cibernéticos e à sofisticação com que os criminosos têm atuado.
Por conta disso, a segurança cibernética engloba medidas preventivas, reativas e proativas para garantir a segurança e a privacidade das informações digitais.
Como funciona a cibersegurança?
A cibersegurança funciona por meio da implementação de uma série de medidas e controles que objetivam mitigar os riscos associados às ameaças cibernéticas.
Assim, essa implementação deve considerar alguns pontos-chave para ser feita de forma coordenada e que produza resultados efetivos.
Veja a seguir quais as principais etapas:
Identificação de ativos
O primeiro passo para implementar medidas de segurança cibernética é identificar todos os componentes digitais críticos da organização. Isso inclui sistemas de computadores, redes, dispositivos móveis, aplicativos e dados.
A partir dessas informações, é possível entender quais ativos precisam ser protegidos e, assim, facilitar também a escolha de ferramentas e processos que vão viabilizar essa garantia de segurança.
Avaliação de riscos
Após identificar todos os ativos, é hora de realizar uma avaliação de riscos bem completa para reconhecer as vulnerabilidades nos sistemas e as possíveis ameaças a eles.
Esse processo pode incluir análises de segurança, testes de penetração, modelagem de ameaças e mensuração de impactos. Na prática, isso leva em conta desde a perda de dados e interrupção de serviços até danos à reputação e possíveis repercussões legais e financeiras.
Pode ser criada, ainda, uma escala de prioridades, de acordo com a gravidade e a probabilidade de ocorrência. Isso ajuda a direcionar os recursos de segurança para as áreas de maior risco.
Implementação de controles
Com base na avaliação de riscos, podem, então, ser implementados, configurados e gerenciados controles de segurança para aplacar as ameaças que foram identificadas.
Isso pode incluir firewalls, sistemas de detecção de intrusões, antivírus, filtragem de conteúdo da web, criptografia de dados, supervisão de acesso e outros.
Em geral, a abordagem mais eficaz para a cibersegurança é a implementação de controles em várias camadas. Nessa defesa em profundidade, diferentes controles são aplicados em diferentes níveis da infraestrutura de TI, dificultando aos invasores contornar todas as barreiras.
Melhoria contínua
É muito importante compreender que segurança cibernética é um processo contínuo de melhoria, que envolve revisar e atualizar regularmente as políticas, procedimentos e controles.
O universo do crime virtual está em constante e rápida evolução, por isso, é vital se manter vigilante e atualizado contra as ameaças mais recentes.
Quais os principais tipos de segurança cibernética?
Há vários tipos de segurança cibernética projetados para proteger diferentes aspectos da infraestrutura e dados de uma empresa. Junto a isso, eles abordam diferentes vulnerabilidades e ameaças, oferecendo várias camadas de proteção.
Essa abordagem abrangente é essencial para garantir a confidencialidade, a integridade e a disponibilidade dos sistemas e informações em um ambiente digital gradualmente mais complexo e ameaçador.
Os principais tipos de segurança cibernética incluem:
- Segurança da rede: esse tipo de segurança cibernética protege a integridade e a confidencialidade das redes de computadores, impedindo acessos não autorizados e monitorando o tráfego de dados;
- Segurança de aplicativos: envolve a proteção de aplicativos contra ameaças como ataques de injeção de SQL, cross-site scripting (XSS) e outras vulnerabilidades de software;
- Segurança de dados: busca garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade dos dados, por meio de criptografia, controle de acesso etc.;
- Segurança da informação: aborda a proteção de todas as formas de informação, incluindo dados digitais e não digitais, contra ameaças internas e externas;
- Segurança de endpoint: protege dispositivos finais, como computadores, laptops, smartphones e tablets, contra malware, ransomware e outras ameaças;
- Segurança em nuvem: refere-se à proteção dos dados, aplicativos e infraestrutura em ambientes de nuvem pública, privada e híbrida contra ameaças cibernéticas;
- Segurança de identidade e acesso: envolve proteger as identidades digitais dos usuários e controlar o acesso aos sistemas, aplicativos e dados da organização;
- Segurança de IoT (internet of Things): é uma área crítica da cibersegurança que busca proteger dispositivos conectados à Internet contra ameaças cibernéticas.
Por que a segurança cibernética é importante para as empresas?
Com o aumento constante das ameaças cibernéticas, a implementação de medidas robustas de segurança cibernética tornou-se mais do que uma precaução — é uma necessidade imperativa.
A segurança cibernética é crucial para as empresas por diversos motivos, como:
- Proteção de dados sensíveis e confidenciais dos clientes e da empresa;
- Preservação da reputação e confiança dos clientes e parceiros de negócios;
- Garantia da continuidade dos negócios, evitando interrupções causadas por ataques cibernéticos;
- Cumprimento de regulamentações e legislações relacionadas à proteção de dados e privacidade;
- Minimização de custos relacionados à recuperação de incidentes de segurança e danos à reputação.
É essencial criar uma área de segurança cibernética nas empresas?
Com certeza, é essencial criar uma área de segurança cibernética nas empresas, especialmente à medida que a complexidade e a sofisticação das ameaças cibernéticas continuam a aumentar.
Uma equipe dedicada de profissionais de segurança cibernética pode garantir que as melhores práticas sejam implementadas, os sistemas estejam devidamente protegidos e a empresa esteja preparada para responder de forma rápida e eficaz a incidentes de segurança.
Quais são os tipos de ataques cibernéticos?
Os ataques cibernéticos estão cada vez mais sofisticados, com métodos e impactos bastante específicos. Essa variedade de crimes digitais é vasta e está em constante evolução.
Entender esses diferentes tipos de ameaças é fundamental para implementar medidas de segurança adequadas e proteger sistemas, dados e informações.
Os tipos de ataques cibernéticos mais comuns incluem:
- Malware: software malicioso projetado para causar danos a computadores e sistemas ou roubar informações. Para ele funcionar, é preciso que o usuário execute uma ação, como clicar em um link desconhecido no e-mail;
- Phishing: trata-se de uma tentativa de obter informações confidenciais, como senhas e detalhes de cartões de crédito, por meio de anúncios em sites ou envio de e-mails fraudulentos;
- Ransomware: é um tipo de malware que criptografa arquivos importantes e bloqueia o acesso aos sistemas ou dados da vítima, exigindo um resgate para restaurá-lo;
- Ataques de negação de serviço (DDoS): sobrecarrega os servidores-alvo com grande quantidade de tráfego malicioso de rede, tornando os serviços (como largura de banda ou capacidade de processamento) inacessíveis aos usuários legítimos;
- Ataques de engenharia social: envolve manipulações psicológicas para enganar os usuários e obter acesso não autorizado a sistemas ou informações. Exemplos: solicitações falsas de amizade nas redes sociais, falso atendente de banco etc.
Como uma empresa pode se proteger de ataques cibernéticos?
A segurança cibernética é essencial na proteção dos ativos digitais, na preservação da confiança dos clientes e na garantia da continuidade dos negócios.
Nesse cenário, há várias medidas que uma empresa pode adotar para se proteger de ataques cibernéticos. Confira algumas delas a seguir:
Implementação de firewalls robustos
Firewalls são muito importantes para a segurança cibernética. Isso porque ajudam a monitorar e controlar o tráfego de rede, bloqueando ameaças conhecidas e identificando atividades suspeitas.
Os firewalls atuam como uma barreira entre a rede interna (da empresa) e a rede externa (internet), controlando o tráfego de entrada e saída com base em regras de segurança predefinidas.
Dessa forma, podem bloquear ataques de hackers, malwares e tentativas de acesso não autorizado aos sistemas.
Atualização regular de softwares e sistemas
Manter todos os sistemas e aplicativos atualizados com as últimas correções de segurança cibernética é essencial para mitigar vulnerabilidades.
Além de corrigir riscos conhecidos, as atualizações de software podem incluir novos recursos de segurança e melhorias no combate a ameaças emergentes.
Isso ajuda as organizações a se manterem informadas sobre a constante evolução nos métodos de atuação de criminosos. Também garante que os sistemas estejam protegidos contra as ameaças mais recentes.
Treinamento e capacitação de funcionários
Os funcionários devem ser treinados regularmente sobre práticas seguras de computação e conscientizados sobre os riscos de segurança cibernética para evitar ataques de engenharia social e baseados em humanos. Com isso, promove-se uma cultura de segurança na organização.
Os treinamentos devem ser focados em boas práticas, ameaças cibernéticas mais comuns e como reconhecê-las, consequências de violações e a importância de seguir políticas e protocolos indicados pela empresa.
Podem, ainda, ser realizadas simulações de ataques para ajudar os funcionários a entenderem melhor como esses crimes ocorrem.
Realização regular de backup de dados
Fazer backups regulares dos dados críticos e armazená-los em locais seguros pode ajudar a mitigar os danos causados por ataques maliciosos.
Em caso de perda de dados, um backup recente permite que a organização restaure seus dados e sistemas para um estado operacional funcional.
Backups ajudam, ainda, a manter a continuidade dos negócios de uma empresa. Afinal, o roubo de dados pode resultar em graves consequências, como perda de receita, danos à reputação e potenciais questões legais e regulatórias.
Adoção de políticas e procedimentos de segurança
Desenvolver e implementar políticas de segurança cibernética claras e procedimentos de resposta a incidentes pode garantir uma abordagem consistente e eficaz em casos de ataques aos ativos digitais.
As políticas de segurança cibernética estabelecem diretrizes consistentes para o uso seguro dos sistemas de informação e recursos. Ao defini-las, é possível garantir que todos estejam alinhados com as práticas de segurança da organização.
Além da redução de riscos de acesso a dados confidenciais, a adoção de políticas de segurança cibernética ajuda as organizações a cumprirem requisitos regulatórios e evitar possíveis penalidades e sanções.
Desenvolvimento de um plano de respostas a incidentes
Em caso de violação de segurança, é importante ter um plano de resposta a incidentes definido e documentado para lidar com a situação de forma rápida e eficaz. Isso pode envolver investigação forense, remediação de danos e notificação das partes interessadas.
Esses planos devem detalhar os procedimentos a serem seguidos em caso de ataques cibernéticos, incluindo quem é responsável por quais tarefas (detecção, notificação, contenção, investigação e análises) e quais os passos para remediar a situação.
Contratação de um seguro riscos cibernéticos
A contratação de um seguro riscos cibernéticos é uma estratégia importante para empresas enfrentarem as consequências financeiras e operacionais de violações no universo digital.
Um seguro riscos cibernéticos pode fornecer cobertura para uma ampla variedade de situações, como roubo ou acesso indevido de dados, ataques de ransomware, interrupções de rede, responsabilidade legal e custos de resposta a incidentes.
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Como contratar o seguro riscos cibernéticos?
Contratar um seguro riscos cibernéticos pode ser uma medida adicional para proteger uma empresa contra os custos associados à recuperação de incidentes de segurança cibernética.
As empresas interessadas em adquirir um seguro riscos cibernéticos devem entrar em contato com uma corretora especializada nesse tipo de proteção e discutir suas necessidades específicas de seguro. Isso porque ela auxiliará no processo de contratação com uma das melhores seguradoras no mercado.
Nesse sentido, a Mutuus Seguros ajuda você nessa escolha, esclarecendo suas dúvidas sobre coberturas e buscando aquela que mais se alinha às suas demandas.
Segurança cibernética: garanta a proteção dos ativos digitais da sua empresa
Ao enfrentar um cenário em constante evolução de ameaças digitais, as empresas devem adotar uma mentalidade de segurança cibernética em todas as camadas de suas operações.
Isso envolve não apenas a implementação de tecnologias de segurança avançadas, mas também a criação de uma cultura organizacional que valorize a conscientização e a educação em cibersegurança.
Portanto, ao adotar uma abordagem holística e proativa para a segurança cibernética, as empresas podem proteger seus ativos mais valiosos e manter a confiança do público em um mundo hiper interconectado e digitalizado.
- Leia também: PCI DSS: o que é e quais são os requisitos
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