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Segurança da informação nas empresas: quais os pilares, como garantir e principais vantagens

Afinal, qual o papel e importância da segurança da informação?

Os dados são uma parte fundamental de qualquer negócio. Eles possibilitam planejar ações, personalizar a experiência e tomar decisões mais consistentes.

Mas, diante de milhões de dados circulando diariamente na internet, como zelar essa propriedade tão sensível e relevante? É precisamente disso que trata a segurança da informação!

Segurança da informação são uma série medidas que objetivam reduzir os riscos de invasões cibernéticas, roubo de dados e acessos não autorizados. Essa defesa, incorporada a partir de iniciativas da empresa, pode ser aplicada a partir de certos cuidados e ferramentas, capazes de blindar informações tão preciosas para o negócio.

Neste post, vamos detalhar o conceito de segurança da informação, abordar as principais ameaças cibernéticas e como garantir a segurança desse patrimônio digital. Trata-se de um assunto longo e complexo, mas nosso objetivo aqui é simplificar tudo para você. Vamos lá?

Qual é o conceito de segurança da informação?

Segurança da informação, ou Infosecurity em inglês, são o conjunto de ações adotadas pela organização para prevenir e evitar invasões cibernéticas, acessos não autorizados, além do roubo, uso, alteração ou interrupção de dados sigilosos.

Em outras palavras, o conceito se refere a todo o trabalho por trás da defesa dos dados de uma empresa ou instituição. Com os dados assim protegidos, a operação pode girar com maior tranquilidade, resguardando sua propriedade intelectual, evitar danos à sua integridade e prejuízos financeiros.

Quais são as ameaças de segurança da informação?

Infelizmente, apenas em 2023, o Brasil sofreu 60 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, segundo o FortiGuard Labs. Além disso, conforme o Panorama de Ameaças para a América Latina 2024, somos o país vice-campeão em ataques no mundo todo.

Dado esse infeliz contexto, ter conhecimento sobre o tema e as ferramentas certas na mão não é o suficiente. As empresas que querem se proteger de verdade precisam estar atentas às movimentações para se manter um passo à frente dos invasores cibernéticos.

A seguir, apresentamos as ameaças que lideram os rankings de ataques:

  • Engenharia social: os criminosos enganam pessoas, como funcionários, para obter dados e credenciais, criando estratégias elaboradas para aplicar golpes;

  • Malware: abreviação de “software malicioso”, essa ameaça é projetada para acessar informações de computadores e explorar as brechas encontradas;

  • Ransomware: envolve o sequestro e bloqueio de arquivos do servidor, a fim de extorquir a empresa em troca da devolução dos acessos;

  • Ataques de força bruta: nesses ataques, invasores utilizam o método de tentativa e erro para quebrar senhas, credenciais de login e chaves de criptografia;

  • Ameaças internas: vêm de pessoas de dentro da própria empresa, como funcionários atuais ou antigos, parceiros e terceirizados, que têm acesso a informações privilegiadas sobre práticas de segurança, dados e sistemas;

  • Dispositivos móveis vulneráveis: com a mobilidade do trabalho moderno, carregar acessos no celular torna a empresa mais exposta aos riscos. O uso de redes Wi-Fi públicas, ausência de autenticação em dois fatores e outros erros, por exemplo, faciliam os ataques;

  • DDos: direcionados a servidores, sites ou contas, esses ataques visam sobrecarregar o sistema atacado, mantendo a organização refém dos criminosos virtuais.

Qual a função da segurança da informação nas empresas?

A segurança da informação é garantida nas empresas a partir de uma equipe interna ou com a terceirização do serviço. Em qualquer situação, a função desses profissionais é:

  • monitorar riscos que possam comprometer dados e sistemas;
  • documentar as vulnerabilidades, pontos fracos e possíveis melhorias;
  • criar mecanismos de correção e prevenção contra ameaças;
  • garantir a integridade, confidencialidade e disponibilidade das informações;
  • promover conscientização aos demais envolvidos sobre práticas mais seguras.

Qual é a importância da segurança da informação nas empresas?

Em um cenário de grande digitalização dos processos, a perda ou o vazamento de dados pode impactar a organização de forma significativa. Em alguns casos, infelizmente, a empresa sequer tem a capacidade de se reerguer diante dos prejuízos.

Como visto neste artigo, as estatísticas referentes a segurança digital no Brasil são preocupantes. Não à toa, o número de ataques ocorridos em 2023 representa um volume de impressionantes 1.379 ocorrências por minuto.

Ao refletir sobre o tema, a preocupação inicial que surge na cabeça do gestor são os prejuízos financeiros iniciais acarretados pela ocorrência. Porém, infelizmente nem de longe esse é o único risco que o empresário deveria avaliar e que tornam a segurança da informação importante. Confira:

Zelar pela imagem da marca

Um ataque cibernético e exposição de dados podem colocar em cheque a imagem da marca perante dos consumidores e parceiros. Afinal, quem vai querer fazer negócios com uma empresa incapaz de proteger informações sigilosas, não é mesmo? É melhor não arriscar.

Isso teria um custo bastante danoso para sua reputação, e reconstruir a confiança do consumidor pode levar anos e exigir grandes investimentos.

O tema também possui grande importância legal. A Lei Geral da Proteção de Dados Pessoais (LGPD) impõe sobre as organizações a responsabilidade de adotar medidas de segurança para a proteção de dados pessoais e acessos não autorizados.

Proteger a propriedade intelectual

A propriedade intelecual é um ativo bastante valioso para as empresas. Ela garante a inovação, registro de marcas e patentes e segredos comerciais. O Guaraná Antarctica, por exemplo, explora em seu discurso o uso de uma “fórmula secreta” ao produzir seus refrigerantes.

Tal como o Guaraná Antarctica, outras organizações também têm informações sigilosas que não devem ser reveladas ao público e à concorrência. Por exemplo, imagine uma empresa criando um novo produto, em fase de prototipação do software.

Nessa situação hipotética, em busca de oferecer excelente experiência aos clientes, a empresa usou tecnologias para criar um algoritmo exclusivo, que deve ser mantido a sete chaves para evitar cópias, a concorrência desleal e, mais do que isso, garantir vantagem competitiva.  

Quais são os 5 pilares da segurança da informação?

A segurança da informação nas empresas precisa atender alguns princípios que são basilares para manter as informações e dados sob supervisão e proteção.

Inicialmente, a segurança da informação contava com três pilares principais, conhecidos pela sigla CID: confidencialidade, integridade e disponibilidade. Contudo, no decorrer dos anos, foram incorporados dois novos pilares: irretratabilidade e autenticidade.

A seguir, vamos conhecer cada um deles.

Confidencialidade

Diz respeito ao sigilo dos dados. Assim, este pilar parte do princípio de que devem ser adotadas diversas práticas para garantir um tráfego sigiloso das informações. Dentre essas práticas temos, por exemplo, a criptografia de dados. Mas, além das práticas, também devem ser adotadas restrições específicas de acessos às informações.

Integridade

Este item defende que as informações não devem sofrer nenhuma transformação durante todo o seu ciclo de vida.

Para garantir a integridade, os dados devem ser armazenados em locais seguros e, durante o tráfego, protegidos por ferramentas e protocolos adequados. Em resumo, os receptores precisam receber os dados fielmente a como eles foram enviados.

Disponibilidade

Este pilar determina que, no acesso a softwares, hardwares e dados, as informações estejam disponíveis ao usuário no momento em que necessitar delas. Porém, caso os dados não possam estar disponíveis instantaneamente, é necessário que a área de segurança da informação firme um acordo prévio para determinar os intervalos.

Irretratabilidade

O pilar da irretratabilidade, ou não repúdio, surgiu para evitar que uma pessoa ou entidade negue a autoria de informações fornecidas.

Assim, esse princípio da segurança da informação permite comprovar o que foi feito, por quem e quando, impedindo que tanto o autor quanto o receptor possam contestar a transação dos dados.

Autencidade

Por fim, o pilar de autencidade foi estabelecido para assegurar que as informações transmitidas ou recebidas pela organização sejam válidas e verídicas. Para isso, as credenciais de acesso dos usuários devem ser protegidas, a fim de identificar e reconhecer o responsável por um dado que tenha sido enviado, recebido, modificado ou destruído.

Quais são as vantagens da segurança da informação?

Adotar um programa eficaz de segurança da informação confere uma série de vantagens que garante ao ambiente empresarial:

  • reduzir as vulnerabilidades: um sistema de segurança da informação funcional garante à empresa maiores chances de se antecipar e agir contra vulnerabilidades que, no futuro, poderiam se converter em ameaças reais;

  • proteger a propriedade intelectual: qualquer novo produto ou processo em desenvolvimento pela organização precisa se manter em sigilo, o que é garantido com medidas protetivas da informação;

  • ser eficiente na detecção de ameaças: o plano eficaz de proteção de dados permite ao setor detectar rapidamente anomalias que possam comprometer as informações do negócio;

  • responder rapidamente aos incidentes: com um plano de resposta a incidentes pronto para ser aplicado, a empresa ganha agilidade ao lidar com ataques e pode colocar em ação medidas corretivas mais certeiras;

  • estar em conformidade com as normas: o programa de segurança da informação mantém a empresa em conformidade com as regras da LGPD e imune aos riscos de multas e sanções.

Como garantir a segurança da informação dentro das empresas?

Se você reconheceu a importância do plano de segurança da informação, pode estar agora em busca das ações para colocar em prática, certo? Pensando nisso, reunimos a seguir nossas principais dicas e recomendações.

Crie uma Política de Segurança da Informação

A Política de Segurança da Informação (PSI) é um documento que estabelece as diretrizes, práticas e responsabilidades para proteger os dados da empresa. Ela deve ser seguida com rigor por todos os colaboradores, terceiros e qualquer pessoa que tenha acesso aos ativos digitais da organização.

Seu principal objetivo é atenuar os riscos de ameaças, violações e perdas de informações, viabilizando uma cultura de segurança da informação nas empresas.

Na criação da política, comece por definir quem será responsável por sua elaboração, faça um diagnóstico dos ativos que precisam ser protegidos e, por fim, classifique os riscos, níveis de acesso aos dados e as tecnologias que vão garantir as medidas protetivas.

Armaze dados em nuvem

No método tradicional, os dados eram armazenados em dispositivos físicos, como os próprios computadores. Diferentemente disso, no caso do armazenamento em nuvem, esses arquivos são armazenados em servidores ou data centers, dificultando ações mal intencionadas que visam acessar e roubar informações.

O acesso a essas informações em nuvem, além de conferir maior praticidade e segurança no arquivamento da empresa, restringe o acesso apenas a usuários autorizados. É uma opção bastante segura, afinal, a proteção é feita através de um firewall, sistema que controla o tráfego de entrada e saída de uma rede.

Treine seu time

Não é suficiente adotar a política de segurança da informação se a equipe não souber cumprir as regras e as boas práticas de proteção digital dos dados. Nesse sentido, a equipe técnica e gestores precisam garantir as devidas orientações e o acompanhamento contínuo.

É preciso que as equipes entendam desde as razões por trás da implementação das práticas como a importância de manter as informações sob proteção.

Além da teoria, ter o conhecimento prático sobre os dados, sistemas e ferramentas é o que garantirá que todos os envolvidos atuem efetivamente conforme o esperado.

Faça gestão de acessos

A gestão de acessos, ou gerenciamento de privilégios, é uma prática de segurança da informação que restringe o acesso a dados da empresa, permitindo que apenas usuários autorizados tenham os privilégios necessários.

Nesse processo de gestão, deve ser definido:

  • quem pode acessar determinadas informações;
  • quais informações podem ser acessadas;
  • como as informações podem ser acessadas;
  • quando o acesso às informações é permitido.

A política de gestão de acessos contempla desde a definição de regras e níveis de acesso até auditorias periódicas, padronização de senhas seguras e capacitação da equipe.

Para reforçar sua efetividade, é importante atuar em conjunto com a equipe de segurança da informação e contar com uma boa estrutura de TI no processo.

Autenticação de múltiplos fatores

A autenticação de múltiplos fatores é como trancar a porta da sua casa e, para entrar, além de abrir a fechadura principal, precisar abrir também uma segunda fechadura. Em resumo, é uma reforço de proteção para impedir o acesso não autorizado.

No contexto digital, a autenticação multifator verifica a identidade do usuário durante o login em várias etapas. Isso obriga o usuário a inserir informações além da senha tradicional, como um código enviado por e-mail ou uma senha secreta que contenha uma informação que só ele conhece.

Implementar esse processo ajuda a reduzir os riscos de segurança, criando barreiras contra criminosos que tentam capturar credenciais de acesso. Além disso, também reforça as medidas de segurança da informação, protegendo com eficiência o acesso a dados e sistemas.

Tenha um plano de contingência

Um plano de contingência é um documento que define as ações a serem tomadas caso um incidente comprometa a segurança de TI da organização. Enquanto a Política de Segurança da Informação foca na prevenção de ameaças, o plano de contingência lida com uma ameaça já concretizada e identificada.

Um bom plano de contingência de TI inclui:

  • mapeamento dos ativos de TI;
  • identificação das fragilidades em todas as áreas;
  • análise e hierarquia dos riscos;
  • estratégias para reduzir danos;
  • formalização do processo em um documento;
  • testes anuais para atualizar e revalidar o plano;
  • contratação de seguro cyber.

Embora todas as etapas listadas acima sejam essenciais, a contratação do seguro cyber é fundamental para garantir que a empresa não fique vulnerável caso os danos e prejuízos financeiros não possam ser minimizados ou recuperados.

Com o seguro cyber, a indenização cobre danos a terceiros e à própria empresa segurada. Diante do aumento de ataques cibernéticos, se você deseja proteger sua organização, confira todos os benefícios desse produto com um consultor da Mutuus.

Conclusão

A transformação digital mudou significativamente a forma como pessoas e empresas interagem e fazem negócios. Contudo, ela também trouxe um cenário em que um volume imenso de dados é gerado diariamente, expondo os sistemas a riscos de ataques maliciosos que buscam roubar ou danificar informações.

Diante desse cenário, e já sabendo que o Brasil figura na vice-liderança em ataques cibernéticos, nenhum cuidado ou proteção extra é exagero, certo?

Esperamos que este artigo tenha ampliado seu olhar sobre a importância de garantir a segurança da informação na sua empresa. Para mais conteúdos sobre negócios e seguros, confira o blog da Mutuus!

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