Enchentes no Rio Grande do Sul, temporais com vendaval recorde em São Paulo, forte chuva de granizo na Foz do Iguaçu… Todos esses foram casos — cujos danos poderiam ser minimizados com um seguro desastres naturais — ocorridos no Brasil nos últimos 2 anos.
Inclusive, a previsão dos climatologistas, como Carlos Nobre, é que desastres naturais se tornem cada vez mais comuns e intensos. Mas… calma! A nossa intenção não é causar pânico.
Até porque, na verdade, ficar por dentro das previsões é a melhor maneira de se proteger. Por exemplo, ao conhecer as previsões dos climatologistas, você pode contratar um seguro contra desastres naturais para preservar seu patrimônio pessoal ou empresarial.
É como levar um guarda-chuva quando a previsão indica possibilidade de chuva. Quer dizer, ao se preparar para o que está por vir, você se resguarda de surpresas indesejadas. Então, quer entender melhor o papel do seguro contra desastres naturais? Continue lendo!
O que é seguro desastres naturais?
O seguro de desastres naturais é uma cobertura que protege pessoas e empresas contra danos causados por fenômenos naturais — como enchentes, vendavais, ciclones etc.
Por exemplo, Gisa Guerra, dona da Vinhos por Aí, loja especializada em vinhos nacionais, foi severamente afetada pelas enchentes do Rio Grande do Sul. A água invadiu o estabelecimento, levando boa parte do estoque. Mas como um seguro poderia ter auxiliado a Gisa nesse momento?
Um seguro patrimonial com a cobertura para danos causados por eventos naturais, como enchentes, poderia ter indenizado a Gisa pelos prejuízos sofridos. Assim, ela se concentraria em reconstruir seu negócio mais rapidamente.
Quais são os desastres naturais?
Os desastres naturais são eventos provocados pela natureza que podem causar danos elevados a propriedades e pessoas. Confira alguns dos principais tipos de desastres naturais que costumam afetar tanto residências quanto empresas:
Vendaval
Vendaval consiste em ventos fortes que podem danificar estruturas, como telhados, janelas e portas, além de derrubar árvores.
Esses ventos intensos são comuns em várias regiões — especialmente no Sul, incluindo Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Inclusive, a cidade de São Paulo teve sua maior ventania em 30 anos, dia 11 de outubro de 2024, segundo a Defesa Civil Estadual.
Granizo
Trata-se da queda de pedras de gelo, que pode danificar telhados, veículos e outras superfícies, o que gera custos elevados para reparos. Por exemplo, em Foz do Iguaçu, no Paraná, uma forte chuva de granizo danificou pelo menos 100 casas. Como você lidaria com o prejuízo se fosse a sua?
Inundações e alagamentos
Estes ocorrem quando há um grande volume de chuva em um curto período, levando a água a entrar em propriedades.
Por exemplo, um vídeo das enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul mostra a água inundando um hotel em menos de 3 minutos. Consequentemente, houve danos significativos à estrutura do hotel e perdas materiais.
Desmoronamentos
Com chuvas intensas, o solo pode ficar instável e causar deslizamentos de terra, que danificam edifícios e outras estruturas. Por exemplo, a loja de carros Supra Multimarcas, em Concórdia (SC) foi 100% destruída após um deslizamento de terra.
Felizmente, alguns seguros cobrem os danos resultantes desses deslizamentos, protegendo o seu patrimônio.
Tremores de terra
Os terremotos são um risco significativo em algumas regiões, principalmente fora do Brasil, embora não sejam cobertos pela maioria dos seguros residenciais no país. Logo, empresas e indústrias localizadas em áreas sísmicas devem considerar a contratação de seguros específicos que ofereçam essa proteção.
Ciclones, furacões e tornados
Esses fenômenos climáticos extremos podem causar destruição em larga escala, danificando tanto propriedades residenciais quanto comerciais.
Desastres naturais no Brasil e no mundo
As mudanças climáticas têm intensificado a frequência e a gravidade dos desastres naturais, afetando especialmente países em desenvolvimento, como o Brasil.
Brasil
O Brasil registrou um aumento no número de desastres naturais em 2023, totalizando 1.161 eventos, principalmente relacionados a chuvas intensas e deslizamentos de terra. Os dados são do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Ou seja, em média, o Brasil enfrentou pelo menos 3 desastres por dia, superando os números de anos anteriores. As cidades mais atingidas incluem Manaus, São Paulo e Petrópolis, que lidaram com múltiplas ocorrências.
Esses desastres resultaram em 132 mortes, com mais de 9.200 pessoas feridas ou afetadas de alguma forma. Os custos econômicos chegaram a R$ 25 bilhões, incluindo despesas com infraestrutura e instalações públicas.
Além disso, existem cerca de 1.942 municípios com risco de desastre ambiental, como deslizamentos, alagamentos e inundações. Isso inclui estados como Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Minas Gerais e Acre. Essas informações são da Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento.
Mundo
No contexto global, os índices de desastres naturais e a previsão climática também são pessimistas. Por exemplo, a ilha havaiana de Maui foi devastada por incêndios florestais em 2023. Os custos de recuperação foram estimados em mais de US$5,5 bilhões.
Quem deve fazer o seguro para desastres naturais?
Todos os que possuem bens expostos a riscos devem considerar o seguro para desastres naturais — pessoas e empresas. É o caso de:
- proprietários de imóveis residenciais e comerciais;
- agricultores;
- empresas e indústrias localizadas em áreas sujeitas a enchentes, deslizamentos, terremotos ou outros desastres naturais;
- pessoas físicas que desejam proteger suas casas e propriedades.
Como funciona o seguro de desastres naturais?
O seguro de desastres naturais funciona ao proteger o seu patrimônio contra danos causados por fenômenos naturais. Ele pode ser incluído em diferentes tipos de seguros, como o seguro residencial, empresarial, de vida, automóvel, entre outros.
Por exemplo, imagine que você tem um seguro residencial e uma forte tempestade danifica o telhado da sua casa. Se o seu seguro tiver a cobertura para danos causados por vendavais, é possível solicitar à seguradora o reparo do telhado.
A seguradora avalia os danos e te indenizará conforme o valor da cobertura contratada. Porém, nem todos os desastres naturais são cobertos automaticamente. Cada apólice tem suas próprias regras e exclusões, que devem ser entendidas para garantir que o seguro atende às suas necessidades individuais.
Quais os principais tipos de seguro que cobrem desastres naturais?
Os principais tipos de seguro que costumam cobrir desastres naturais — seja na cobertura básica ou adicional — são:
Seguro residencial contra desastre natural
O seguro residencial protege sua casa e seus bens contra diversos riscos, incluindo incêndios, roubos e desastres naturais. Porém, os seguros mais básicos costumam cobrir apenas incêndio, explosão e queda de raio. Logo, contrate coberturas adicionais para incluir outros fenômenos, como enchentes e vendavais.
Seguro auto contra desastre natural
Para veículos, o seguro automotivo normalmente já prevê proteção contra desastres naturais, como quedas de árvores, chuvas de granizo e inundações. Entretanto, confira as exclusões e regras específicas de cada contrato.
Seguro empresarial contra desastre natural
O seguro empresarial cobre financeiramente empresas contra danos a seus imóveis, equipamentos, estoques e interrupção das atividades. Em geral, a cobertura para desastres naturais é incluída como uma proteção adicional.
Além disso, existem seguros empresariais específicos para cada tipo de negócio, como o seguro para lojas de bebidas, que pode incluir cobertura contra desastres naturais. Dessa forma, a proteção é personalizada, garantindo que os riscos mais comuns do segmento sejam contemplados.
Seguro de vida
Em alguns casos, o seguro de vida pode incluir cobertura para morte ou invalidez causada por desastres naturais. O objetivo é ajudar financeiramente o segurado ou beneficiário em situações inesperadas e trágicas.
Seguro rural
O seguro rural pode proteger a produção agrícola de perdas causadas por eventos naturais. Entre eles, seca, geada, granizo, chuvas excessivas e incêndios.
Quanto se paga no seguro desastres naturais?
O valor de um seguro contra desastres naturais pode variar bastante. Isso depende principalmente de onde você está localizado e do risco de ocorrência desses eventos. Confira em detalhes alguns fatores que influenciam o preço:
- localização – quem mora em uma região com muitos casos de enchentes, por exemplo, o seguro será mais caro do que moradores de regiões mais secas;
- tipo de imóvel – casas, apartamentos, empresas e fazendas têm valores diferentes e, consequentemente, o valor do seguro também varia;
- coberturas – quanto mais completa for a cobertura, maior será o valor do seguro;
- valor do imóvel – quanto maior o valor do seu imóvel — caso a cobertura seja para um espaço físico —, maior será o valor do seguro;
- histórico de sinistros – se você já teve algum sinistro relacionado ao bem que deseja proteger, o preço do seguro pode aumentar;
- mudanças climáticas – com as mudanças climáticas, as seguradoras podem ter que pagar mais indenizações e, consequentemente, aumentar o preço dos seguros.
O que o seguro para desastres naturais não cobre?
O seguro para desastres naturais oferece uma proteção importante, mas ele não cobre tudo. Normalmente, ele exclui os seguintes riscos:
- danos causados por negligência – se um dano foi causado por uma ação sua que aumentou o risco, como construir o imóvel segurado em área de risco;
- danos graduais – danos que ocorrem de forma lenta e gradual, como rachaduras em paredes devido ao tempo;
- eventos não especificados na apólice – se um evento não estiver explicitamente listado na sua apólice;
- catástrofes de grandes proporções – se o governo declarar que houve uma catástrofe natural de grande escala, as seguradoras podem não ser obrigadas a pagar a indenização.
Quais seguradoras fazem seguro desastres naturais?
Algumas das maiores seguradoras que fazem seguro contra desastres naturais são:
- Bradesco Seguros – incluindo residencial e empresarial, com coberturas para diversos tipos de desastres naturais;
- Porto Seguro – conhecida por seus seguros automotivos, a Porto Seguro também oferece seguros residenciais e empresariais;
- Itaú Seguros – oferece seguros personalizados para atender às necessidades de diferentes perfis de clientes;
- SulAmérica – oferece seguros residenciais e empresariais com cobertura para desastres naturais.
Sinistro aconteceu: como acionar o seguro de desastres naturais?
Se um desastre natural, infelizmente, atingir o seu bem segurado, faça o seguinte:
Entre em contato com sua seguradora
- faça isso imediatamente – informe a seguradora sobre o ocorrido, fornecendo todos os detalhes do desastre e dos danos causados;
- documente tudo – tire fotos e vídeos dos danos causados. Isso servirá como prova para o seu pedido de indenização;
- guarde todos os documentos – reúna todos os documentos relacionados ao seguro, como a apólice e os comprovantes de pagamento.
Siga as orientações da seguradora
- a seguradora orienta sobre os próximos passos – eles podem solicitar documentos adicionais, como orçamentos de reparos ou laudos técnicos;
- seja paciente – o processo de avaliar os danos e liberar a indenização leva cerca de 30 dias.
Tenha em mãos a sua apólice
A apólice é o contrato entre você e a seguradora. Nela, você encontrará todas as informações sobre as coberturas contratadas, os procedimentos para acionar o seguro e os seus direitos como segurado.
E se a seguradora não quiser pagar?
Se a seguradora se negar a cobrir os danos, você tem o direito de registrar uma reclamação junto à Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
Como contratar seguro contra desastres naturais para minha empresa?
Para contratar um seguro contra desastres naturais para sua empresa, é fundamental seguir alguns passos. Entre eles:
Avalie as necessidades específicas da sua empresa
- tipo de negócio – indústrias, comércios, serviços, cada um tem suas particularidades e necessidades específicas;
- localização – a região onde sua empresa está localizada influencia diretamente os tipos de desastres naturais aos quais ela está exposta;
- patrimônio – edifícios, maquinários, estoque, documentos importantes, tudo precisa estar protegido.
Compare as opções de seguradoras
- reputação – pesquise sobre a solidez financeira e a experiência da seguradora no mercado;
- coberturas – verifique se a seguradora oferece as exatas coberturas que você precisa;
- assistência – confira se a seguradora oferece serviços de assistência, como reparos emergenciais e hospedagem temporária;
- valor – compare os preços e as condições de pagamento.
Leia atentamente a apólice
- exclusões – entenda quais os eventos não cobertos pela apólice;
- condições gerais – leia atentamente todas as cláusulas do contrato.
Consulte um corretor de seguros
- especialista – o corretor de seguros é um profissional qualificado para ajudar a escolher a melhor opção de seguro para a sua empresa;
- personalização – ele analisa as suas necessidades específicas e apresenta as melhores opções do mercado;
- atendimento personalizado – o corretor estará sempre à disposição para tirar suas dúvidas e auxiliá-lo quando necessário.
Dúvidas frequentes sobre seguro desastres naturais
Listamos algumas das dúvidas mais comuns sobre seguro de desastres naturais. Confira:
Qual seguro cobre desastre natural?
A cobertura para desastres naturais em um seguro não é algo padrão e depende de inúmeros aspectos. Entenda:
Pessoas jurídicas
Para quem tem uma empresa, o seguro contra desastres naturais está geralmente incluído no:
- seguro empresarial;
- seguro rural;
- seguro patrimonial.
Estes cobrem os bens da empresa, como máquinas, estoques e até a estrutura do prédio. Porém, as seguradoras não são obrigadas a incluir essa cobertura automaticamente. Por isso, verifique se a proteção contra desastres naturais está descrita na apólice, podendo ser contratada como uma cobertura adicional.
Pessoas físicas
Para pessoas físicas, a situação é semelhante. Alguns seguros oferecem cobertura de desastres naturais, como:
- seguro residencial;
- seguro de acidentes pessoais;
- seguro de vida;
- seguros automóveis.
Porém, o oferecimento da cobertura de desastres naturais depende do contrato. Por exemplo, muitas vezes, coberturas contra enchentes ou granizo não fazem parte do pacote básico e precisam ser incluídas à parte.
Além disso, é importante entender os termos técnicos envolvidos. Para exemplificar, enchente, alagamento e inundação são fenômenos diferentes, e, dependendo da apólice, o seguro pode cobrir apenas um deles. Por isso, sempre consulte a seguradora ou seu corretor para tirar eventuais dúvidas.
Como saber se o seguro cobre danos da natureza?
A resposta mais precisa para saber se o seguro cobre danos da natureza é verificar a própria apólice. É lá que você encontrará todas as informações detalhadas sobre as coberturas contratadas, incluindo os eventos naturais incluídos e excluídos.
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Com os eventos climáticos extremos se tornando cada vez mais frequentes e intensos, contar com um seguro desastres naturais é fundamental.
Assim, é possível lidar com situações inesperadas e minimizar os prejuízos. Afinal, se prevenir é a melhor forma de enfrentar os desafios que a natureza pode apresentar. Portanto, não deixe seu patrimônio desprotegido!
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