Produtores rurais e proprietários de terra agora podem contar com uma apólice especializada para cobrir eventos e catástrofes naturais, o seguro florestas.
Essa modalidade foi desenvolvida visando oferecer suporte para sinistros que prejudicam empresários e trabalhadores do campo, que, muitas vezes, não estão protegidos contra as causas da natureza.
Nesse caso, para contratar um serviço de proteção completo, que possa oferecer mais tranquilidade no caso de eventos que prejudicam a produção, contar com o seguro florestas pode fazer toda a diferença em momentos de imprevistos.
Por isso, entenda como esse recurso funciona, quais as suas coberturas e as vantagens de ter um contrato específico para proteger a sua terra.
O que é seguro florestas?

O seguro florestas, como o nome indica, é uma modalidade de apólice que visa oferecer cobertura e suporte para proprietários de terra que sofram com a incidência de eventos naturais, sendo um tipo de seguro rural.
Produtores e trabalhadores do campo estão dispostos a diferentes riscos que podem não ser previstos, especialmente desastres da natureza.
Com isso, os prejuízos podem ser maiores quando não existe nenhum tipo de cobertura que assegure indenização para cobrir acontecimentos dessa categoria.
Dessa forma, o seguro florestas surge como uma alternativa para produtores, empresários e proprietários de terra que desejam proteger melhor o seu patrimônio florestal.
No entanto, é importante destacar que essa apólice só pode ser contratada para proteção de áreas florestais exploradas em regime de produção ou comércio. Ou seja, com fins econômicos, como plantações para extração ou colheita.
Além disso, áreas como a indústria de papel de celulose também são o público majoritário desse tipo de seguro.
Isso porque a ocorrência de eventos naturais sobre terras com atividades comerciais pode gerar prejuízos financeiros para os produtores, colaboradores e também para outros setores envolvidos.
Nesse caso, o seguro florestas atua como um suporte para indenizar parte dessa perda.
Ainda, essa modalidade é devidamente regulamentada pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
Com isso, pode garantir a cobertura dos custos de reposição de florestas em formação, ou pagar parte do valor comercial de florestas já formadas, em decorrência de perdas por conta de incêndio, eventos biológicos e meteorológicos, por exemplo.
Como funciona o seguro florestas?
O seguro florestas, inicialmente, pode ser contratado de maneira semelhante a outras modalidades de apólice.
Ou seja, por meio de uma corretora registrada e especializada para trabalhar com esse tipo de seguro.
Dessa forma, os interessados poderão avaliar as melhores propostas de contrato para as suas atividades florestais.
No momento da contratação, o segurado preenche um formulário com todas as informações da floresta e do programa de manutenção e conservação.
Esse documento será parte da apólice, utilizado, posteriormente, no caso de sinistros.
Em seguida, após contratar o seguro florestal, toda a área a ser protegida é analisada por técnicos da companhia responsável, que avaliam as condições do ambiente.
A identificação das florestas que serão cobertas pela apólice deve ser feita de acordo com análise de croqui e pontos de GPS identificados no momento da contratação do seguro.
Isso garante que as demarcações serão precisas, para cobertura eficiente do serviço.
Na maioria dos casos, a floresta passa a estar protegida a partir do início de vigência da apólice. Essa data é decidida pelo segurado, podendo ser no início do cultivo, ou já com a floresta em andamento.
Assim, quando um produtor rural decidir buscar esse serviço, terá uma apólice personalizada, que pode garantir indenização em dinheiro para cobrir toda a área que desejar, a partir do período que for melhor para as suas atividades.
Como encontra-se o mercado florestal no Brasil?
O mercado florestal no Brasil está em constante crescimento. Fato.
Ele desempenha um papel significativo na economia nacional: em 2023, por exemplo, o valor da produção florestal atingiu um recorde de R$ 33,7 bilhões, segundo o IBGE.
O país possui cerca de 10 milhões de hectares de florestas plantadas, além de 7 milhões de hectares de áreas preservadas, destacando-se pela combinação de conservação ambiental e produção sustentável.
Como cita Adriana Maugeri, presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal:
“A silvicultura, quando feita de forma correta e responsável, promove ganhos socioambientais para a comunidade, de forma singular”.
Além disso, o setor de árvores plantadas, como eucalipto e pinus, é responsável por aproximadamente 3,75 milhões de empregos diretos e indiretos, como destacam os dados estatísticos da Indústria Brasileira de Árvores.
Ainda conforme esses dados, as exportações do setor somaram cerca de US$ 11,3 bilhões, representando 4,3% das exportações brasileiras. Muita coisa, não acha?
A verdade é que o Brasil se destaca como líder na produção de celulose e papel, além de contribuir para a economia verde, com práticas de baixa emissão de carbono e captura de CO2.
Vamos entrar em detalhes, mas tudo isso só mostra a importância de manter esse setor assegurado de imprevistos. Afinal de contas, ele — sobretudo quando também conta com as coberturas adicionais — protege as áreas florestais contra diversos riscos.
Quem pode contratar o seguro florestas?
O seguro florestas é recomendado para colaboradores que realizam atividades em terras florestais, incluindo:
- produtores rurais;
- indústrias;
- associações ou cooperativas que mantêm áreas florestais para uso em processos produtivos;
- arrendatários desse tipo de terra.
Em outras palavras, todos os tipos de empresas ou produtores autônomos podem considerar a contratação desta apólice.
Ainda, é possível que outras pessoas também entrem em contato com as corretoras para buscar maior proteção para as terras.
Não existem exigências quanto à relação do contratante com a área florestal, desde que ele possua todos os documentos devidos, como matrícula da terra e outros papéis que comprovem a regularidade das atividades em questão.
Quais os tipos de seguro floresta?
O seguro florestas serve para várias áreas florestais. Nesse sentido, pode ser categorizado conforme o tipo de árvore cultivada. Entenda a seguir.
Seguro florestas de eucalipto
O eucalipto é amplamente cultivado devido à sua rápida taxa de crescimento e sua importância econômica, especialmente para a produção de celulose, madeira e carvão vegetal.
Por isso, o seguro florestal para eucalipto é projetado para lidar com os riscos específicos dessa cultura.
Ou seja, além de cobrir perdas de produção decorrentes de incêndios e tempestades, por exemplo, ele também garante proteção para árvores em diferentes estágios de crescimento.
Outra cobertura importante inclui os custos de replantio após sinistros. Com isso, o produtor consegue restabelecer sua produção sem comprometer a viabilidade econômica do projeto.
Seguro florestas de seringueira
A seringueira é uma cultura valiosa, ainda mais quando a gente fala sobre produção de látex utilizado na fabricação de borracha.
O seguro florestal para seringueiras é voltado para mitigar riscos que podem afetar diretamente a produtividade. Pode ser o caso de doenças que atingem as árvores ou eventos climáticos adversos.
Assim, essa proteção é uma garantia financeira para os produtores, e isso fica ainda mais evidente considerando o longo ciclo produtivo da seringueira e seu alto valor no mercado.
Seguro florestas de pinus
O seguro florestal de pinus é feito para proteger plantações de coníferas, que possuem alta demanda na indústria madeireira e de papel, além da produção de resina.
Aliás, por conta de sua versatilidade, o pinus é cultivado em diversas regiões do Brasil, no entanto, sua exploração está sujeita a riscos — tanto naturais quanto humanos — que podem comprometer a qualidade e o rendimento dessas árvores.
Por isso, as coberturas típicas desse seguro incluem proteção contra incêndios, que representam um dos maiores perigos para florestas de pinus, dada a alta combustibilidade da madeira e da resina.
Um exemplo disso envolveu um incêndio que atingiu a floresta de pinus da Faber-Castell, em Prata, no Triângulo Mineiro. Isso aconteceu em setembro de 2024. O fogo começou em uma propriedade vizinha.
O que cobre o seguro floresta?

Um dos pontos mais importantes a se avaliar no seguro florestas são os riscos que a apólice cobre durante a sua vigência.
Em um primeiro momento, as coberturas dependem de alguns fatores, como:
- contrato;
- empresa responsável;
- prêmio e indenização total;
- vigência;
- tamanho da área coberta.
Dessa forma, os riscos incluídos em cada apólice podem variar.
No entanto, existem alguns eventos convencionais que costumam estar presentes em contratos padrões das seguradoras.
Com isso, o proprietário pode ter uma ideia mais concreta sobre quais os sinistros que podem gerar um ressarcimento posteriormente.
Além disso, as coberturas do seguro florestas também são divididas em categorias básicas e adicionais, que permitem uma maior flexibilização do suporte.
Quais as coberturas básicas do seguro floresta?
A princípio, a função do seguro florestas é proteger a área delimitada de eventos naturais não previstos.
Por esse motivo, sua cobertura básica costuma incluir:
- incêndios florestais, desde que não provocados;
- incidência de raios;
- ventos fortes.
Contudo, é importante reforçar que não são todas as seguradoras que incluem essas coberturas básicas em seus contratos.
Trata-se apenas dos eventos mais comuns que podem gerar indenização ao proprietário da terra caso venham a acontecer.
Algumas companhias podem selecionar somente parte desses sinistros para incluir em seu contrato padrão.
Os demais podem ser classificados como coberturas adicionais, disponíveis para contratação à parte.
Quais as coberturas adicionais do seguro floresta?
Enquanto isso, parte das seguradoras que trabalham com apólices florestais costumam entender como coberturas adicionais todo evento natural mais incomum.
Por exemplo, fenômenos da natureza que incluem:
- chuvas em excesso;
- geadas;
- granizos;
- grandes secas;
- trombas d’água.
Ainda trata-se de ações da natureza, mas que ocorrem com uma frequência relativamente menor, se comparado com incêndios e raios.
Além disso, essas ocorrências podem prejudicar as áreas florestais de maneira mais incisiva, proporcionando perdas financeiras.
Por esse motivo, a seguradora pode ter mais gastos com indenizações, de modo que coberturas como essa se tornam adicionais no contrato.
Algumas companhias também podem incluir quedas de aeronaves no local como uma categoria à parte, mas não são todas as empresas que trabalham com esse tipo de incidência.
O que o seguro de florestas não cobre?
Enquanto isso, existem alguns riscos que o seguro florestas não cobre sob nenhuma circunstância, e se torna mais difícil contratar uma apólice que contenha essas categorias.
De forma geral, eventos de causas naturais não relacionadas à meteorologia são desconsiderados pelo seguro.
Por exemplo, danos causados por animais, como:
- formigas;
- cupins;
- aves;
- ação predatória de qualquer animal.
Nesse caso, embora sejam eventos da natureza, não possuem relação com o tempo, e não costumam fazer parte da cobertura da apólice.
Além disso, a utilização inadequada, ou não-utilização de métodos de controle de pragas, também não configuram sinistros aptos à indenização.
Em outras palavras, caso o produtor utilize pesticidas ou inseticidas de maneira errada, ou não usem, o que pode ocasionar doenças na floresta, não poderá acionar o seguro.
Ainda, é importante pontuar que atividades de extravio, furto ou corte não autorizado das árvores, ou parte delas, tampouco configura sinistro coberto pela apólice, mesmo que exista a diminuição da quantidade de madeira.
Por esse motivo, é importante que o produtor ou proprietário avalie com cuidado os riscos que a sua terra está exposta, para garantir que a cobertura da apólice será válida para momentos de necessidade.
Qual o valor do seguro florestas?
Enquanto isso, também é pertinente avaliar como os valores do seguro florestas são avaliados.
Dessa forma, produtores que consideram contratar esse serviço poderão ter uma base mais concreta de pesquisa de preços.
Em um primeiro momento, tanto o valor do seguro, quanto o limite máximo de indenização, variam de acordo com a cultura da terra.
Nesse caso, diferentes modalidades de produção podem influenciar na definição do preço e dos prêmios, de acordo com a importância e estimativa dos lucros.
Além disso, existem outros fatores de composição da terra que influenciam a elaboração do valor da apólice, como:
- área em hectares;
- finalidade do seguro;
- coberturas adicionais;
- região da terra;
- estado e município;
- idade da cultura;
- frequência de manutenção.
Por esse motivo as seguradoras exigem um questionário com informações sobre a terra, para elaborar uma apólice com base concreta de cobertura.
Além disso, o valor do prêmio também é atribuído de acordo com a avaliação do risco e o limite máximo definido após visitas técnicas à extensão pretendida.
Por exemplo, se a seguradora determinar que a área e os riscos aos quais ela está exposta são de baixo nível, o valor total da indenização também pode ser reduzido.
Após definir o total do prêmio, o prazo para pagamento, conforme apresentação do sinistro e comprovação da cobertura, é de 30 dias, contados a partir do envio de toda a documentação.
Quais os benefícios de contratar o seguro florestas?

Por fim, para avaliar o seguro florestas de maneira concreta, também é importante que o proprietário considere os benefícios de ter essa cobertura.
Em um primeiro momento, trata-se de um serviço interessante para os produtores e empresários de terra, que estão expostas aos mais variados riscos naturais.
Mesmo com as tecnologias atuais, nem sempre é possível prever a incidência de um evento da natureza, como chuvas em excesso, raios ou incêndios provocados por causas não humanas.
Nesse caso, o produtor pode ter prejuízos graves se a sua terra sofrer com esses sinistros, sem ter uma cobertura especializada para indenizá-lo posteriormente.
Assim, o seguro florestas se apresenta como uma opção vantajosa, que traz o suporte necessário para proteger essas áreas e seus proprietários de incidentes prejudiciais.
Além disso, as produções florestais também demandam um certo investimento, e sofrer com quedas nos lucros ou nas culturas, por exemplo, representa uma perda de recursos.
Posteriormente, o produtor pode não ter capacidade de continuar com uma nova safra, por conta desses prejuízos.
Dessa forma, o seguro florestas também é uma reserva de segurança para que o produtor seja capaz de prosseguir com as suas atividades.
Por fim, uma cobertura especializada é benéfica para toda a economia da região onde apresenta influência.
Isso porque diversos setores comerciais e industriais dependem dos resultados das plantações e culturas florestais.
No caso de eventos naturais que prejudicam essas áreas, outros segmentos também registram perdas, o que afeta toda a movimentação econômica.
Por esse motivo, o seguro florestas é vantajoso não apenas para o produtor autônomo e individual, mas para todo o conjunto produtivo ao seu redor.
Qual a importância do seguro florestas na silvicultura?
O seguro florestas é, de certo modo, um dos pilares da silvicultura, seja no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo.
Afinal de contas, essa proteção ajuda a proteger os investimentos dos produtores contra uma série de riscos. Foi sobre isso o que falamos até aqui neste conteúdo:
Imagine a insegurança de lidar com um incêndios na floresta de pinus, por exemplo (como o que acontece no caso que falamos na floresta de pinus da Faber-Castel).
Em situações assim, o seguro entra justamente para oferecer proteção financeira. Ele ajuda os produtores a não sofrerem prejuízos irreparáveis e, com isso, manterem suas operações em andamento.
Além disso, quando os riscos estão cobertos, os produtores podem investir mais em técnicas de manejo responsável. Tudo isso em prol de cuidar melhor das florestas.
Ou seja, é um círculo virtuoso: a segurança financeira leva a práticas mais conscientes, o que, por sua vez, aumenta a produtividade e a sustentabilidade.
Outra vantagem do seguro florestas é a possibilidade de diversificação das culturas: os silvicultores se sentem mais seguros para investir em diferentes tipos de plantios (eucalipto, seringueira, pinus, etc.).
Na prática, isso traz mais estabilidade financeira, ainda que diante de incertezas climáticas ou de mercado.
Aliás, por falar em clima…
Vivemos um momento de mudanças climáticas cada vez mais intensas: secas prolongadas, geadas inesperadas e tempestades violentas se tornam uma preocupação constante.
O seguro floresta, quando consideramos tais mudanças no clima, ganha outra nuance de importância. Os imprevistos nesse sentido tornam-se mais prováveis de acontecer.
No final das contas, o seguro florestas também beneficia o setor como um todo. É nisso que está a essência da importância do seguro florestal para a sivicultura.
Quais seguradoras fazem o seguro floresta?
No Brasil, algumas seguradoras específicas comercializam o seguro florestas. Vamos listar as principais para você ter uma ideia mais detalhada:
- Mapfre Seguros;
- BB Seguros;
- Fairfax Seguros.
Sinistro na floresta: como acionar o seguro?
Se algum dos imprevistos que o seguro florestas cobre acontecer, vai ser preciso acionar o sinistro.
Aqui, você pode contar com o auxílio do corretor de seguros com quem contratou a proteção. Também pode entrar em contato diretamente com a seguradora.
De qualquer modo, o processo para acionar o sinistro envolve alguns passos:
- Como falamos, entre em contato com a seguradora ou com seu corretor de seguros assim que o evento ocorrer;
- Explique o que aconteceu. Isso deve incluir a data, o local e a natureza do sinistro (como incêndio ou tempestade). Seja o mais detalhado possível para facilitar a análise;
- A seguradora vai solicitar documentos, então você precisa se certificar de reunir tudo o que for solicitado (vamos já detalhar melhor isso);
- A seguradora enviará um perito para avaliar os danos. O prazo para essa vistoria pode variar, mas geralmente ocorre em até 20 dias úteis após a comunicação do sinistro;
- Após a vistoria e o envio dos documentos, a seguradora vai analisar o caso e determinar o valor da indenização;
- Se tudo estiver em conformidade, a seguradora realizará a indenização conforme os termos da apólice do seguro florestal.
Quais os documentos necessários no sinistro do seguro floresta?
Sobre os documentos necessários para acionar o seguro floresta, as seguradoras exigem alguns deles.
A seguir, vamos listar os principais, porém, eventualmente, você pode precisar apresentar outros documentos ou mesmo informações. Vai depender do que aconteceu.
Os principais documentos são:
- Cópia de RG e CPF;
- Cópia do comprovante de endereço;
- Cópia do contrato social e alterações;
- Cópia do CNPJ;
- Inventário florestal;
- Último relatório de volume sólido da floresta;
- Boletim de ocorrência;
- Notas fiscais de insumos em nome do segurado e da propriedade do risco segurado;
- Orçamento analítico de custeio;
- Cédula rural pignoratícia e hipotecária;
- Projeto técnico emitido pela assistência técnica;
- Registro sobre as pilhas de madeira ou relatório das despesas de combate ao incêndio;
- Formulário de autorização para crédito da indenização em conta, preenchido e assinado pelo beneficiário;
- Laudo do corpo de bombeiros, em caso de incêndio;
- Croqui da unidade segurada com a identificação das áreas totais plantadas por meio da marcação de pontos georreferenciados e roteiro de acesso;
- Plano de ação para prevenção e combate de incêndio;
- Formulário de Aviso de Término de Colheita ou Aviso de Erradicação da Floresta ou Aviso de Término de Poda. Ele deve ter sido preenchido e assinado ao final da colheita/erradicação/poda.
Além disso, a seguradora pode exigir a apresentação de atestados, certidões emitidas por autoridades competentes ou documentos relacionados a inquéritos ou processos iniciados em razão do sinistro ocorrido.
É preciso deixar claro que esses requisitos não interferem no prazo estabelecido para o pagamento da indenização. Outra solicitação da seguradora pode ser o envio de uma cópia da certidão que confirma a abertura de um inquérito (caso tenha sido iniciado).
O que é questionário de risco do seguro floresta?
O questionário de risco do seguro florestas é um documento cuja finalidade é avaliar as características e os riscos associados a uma área florestal. Ou seja, é importante no processo de cotação do seguro florestas.
A seguradora usa isso antes de emitir a apólice de seguro, pois funciona como uma ferramenta de análise detalhada: permite que ela compreenda melhor o contexto da propriedade e determine as condições do contrato.
Entre as perguntas que você precisa responder nesse questionário estão:
- Quem é o responsável pela floresta? (Algumas das opções que você vai ter que escolher são: técnico florestal, engenheiro florestal, engenheiro florestal e técnico agrícola);
- Qual a idade da floresta: até 1 ano, 2 a 3 anos ou mais de 4 anos;
- Qual a destinação da floresta? (Entre as respostas estão painéis e compensados, resinas, serrarias, papel e celulose, construção civil, móveis, etc.);
- Qual o valor da madeira na região?
- A propriedade rural é própria, arrendada ou fomentada?
- As mudas/florestas são provenientes de clonagem?
- Existem moradores na floresta?
- Existe acesso público de pessoas à floresta?
- Existe presença de rede elétrica de alta tensão?
- Qual o período de operação?
Essas são apenas algumas das perguntas que o questionário de análise de risco faz. Há outras.
Ao contratar seu seguro florestas com a Mutuus, todo esse processo se torna fácil e prático de fazer, pois você pode realizá-lo online, usando o celular ou computador.
Como contratar o seguro floresta?
Conte com uma corretora experiente.
Um benefício interessante do seguro florestas é que ele pode proporcionar ao proprietário de terra um suporte especializado e profissional.
Diversas corretoras apresentam experiência de mercado e soluções inteligentes para auxiliar esses produtores a lidar com imprevistos naturais e prejuízos em sua produção.
Dessa forma, vale a pena considerar a contratação desta apólice, para ter um suporte mais seguro para imprevistos, e também para contar com uma companhia que trabalha no ramo e oferece serviços específicos para a área.
Assim, para ter uma corretora experiente e eficiente protegendo a sua área florestal, conte com a Mutuus Seguros. Faça uma cotação hoje mesmo e contrate uma apólice personalizada para as suas atividades.
Quais os documentos necessários para contratar o seguro floresta?
Para contratar o seguro floresta, você terá de fornecer alguns documentos. Aqui na Mutuus, nós esclarecemos quaisquer dúvidas que você possa ter sobre esse ponto.
De qualquer forma, os principais documentos necessários, considerando o caso específico de pessoas jurídicas que querem contratar, são:
- Denominação ou razão social;
- Número de identificação no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ou registro equivalente para as empresas isentas do CNPJ, contendo no mínimo:
- Nome da empresa,
- Endereço da sede, e
- Número de identificação ou de registro da empresa no respectivo país de origem.
- Endereço completo da sede: logradouro, número, complemento, bairro, cidade, Unidade Federativa (UF) e Código de Endereçamento Postal (CEP);
- Para controladores até o nível de pessoa física, principais administradores e procuradores, deve-se apresentar as informações listados na seção a seguir;
- Para os beneficiários finais, o mesmo: apresentar as informações listados na seção abaixo.
Caso você queira contratar o seguro florestas como pessoa física, nós, da Mutuus, ainda não fornecemos essa forma de contratação.
Apesar disso, a nível de conhecimento, vamos listar os documentos solicitados nesses casos:
- Nome completo;
- Número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou, para pessoa estrangeira, o Registro Nacional de Estrangeiro (RNE) ou documento de viagem na forma da lei contendo, no mínimo, país emissor, número e tipo do documento;
- Endereço residencial completo: logradouro, número, complemento, bairro, cidade, Unidade Federativa (UF) e Código de Endereçamento Postal (CEP);
- Telefone: DDD + número do telefone;
- Profissão;
- Patrimônio estimado ou faixa de renda mensal.
Dúvidas frequentes sobre o seguro floresta
Além de todos os pontos que falamos até aqui, você pode precisar esclarecer mais alguns aspectos. Alguns deles estão ligados ao seguro floresta, outros nem tanto.
De qualquer forma, listamos os principais questionamentos a seguir. Confira:
Seguro florestas Mapfre: como funciona?
O seguro florestal da MAPFRE, uma das seguradoras que comercializam esse produto, é uma solução voltada para proteger “florestas com fins comerciais” contra diversos riscos.
Ele atende a todo o território nacional e é aplicável a várias espécies florestais, como eucalipto, pinus, seringueira, acácia, araucária, cedro-australiano, mogno e teca (conforme listado no site oficial da empresa).
A cobertura básica inclui apenas incêndio e raio, mas existe a possibilidade de contratar coberturas a mais (coberturas adicionais). A Mapfre lista algumas delas: fenômenos meteorológicos (seca, granizo, geada, tromba-d’água e chuvas excessivas), ventos fortes e queda de aeronaves.
O que é o seguro fazenda?
O seguro fazenda é uma modalidade de seguro voltada para proteger propriedades rurais e as atividades agropecuárias contra uma ampla gama de riscos.
Ou seja, ele serve para oferecer segurança aos proprietários e produtores rurais. Afinal, ajuda a mitigar prejuízos causados por eventos inesperados e isso vale para diferentes cenários.
Nesse sentido, a gente precisa deixar claro que o seguro fazenda e o seguro florestas (tema deste conteúdo), embora compartilhem o objetivo de proteger atividades, têm enfoques distintos.
Enquanto o seguro fazenda abrange a propriedade rural como um todo, incluindo áreas produtivas, instalações, equipamentos, animais e até lavouras, o seguro florestas é mais específico: seu foco é proteger áreas florestais. Apenas.
O que a silvicultura produz?
A silvicultura é responsável pela produção de diversos bens e serviços, todos derivados do manejo sustentável de florestas plantadas.
Já falamos de alguns exemplos ao longo deste conteúdo, mas vamos elencar os principais a seguir:
- Madeira: usada na construção civil, produção de móveis e papel — esse, aliás, é um dos produtos mais tradicionais e importantes da silvicultura;
- Celulose e papel: aqui entram as culturas como o eucalipto, que são amplamente usadas para fabricar papel, embalagens e outros produtos baseados em celulose;
- Resinas: derivadas principalmente de árvores como o pinus, essas resinas têm aplicações na indústria química (é o caso da fabricação de tintas e adesivos);
- Látex: extraído da seringueira, árvore que citamos lá no começo, essa matéria-prima é a principal na produção de borracha natural;
- Biomassa: florestas plantadas também geram biomassa, ou seja, são uma fonte de energia renovável usada em caldeiras e usinas.
Além desses pontos que falamos, a silvicultura também é importante em termos de recuperação ambiental.
E isso se dá por meio de serviços como a restauração de áreas degradadas, conservação do solo e proteção de recursos hídricos. É um setor que une economia e sustentabilidade.
O que é seguro equipamento florestal?
O seguro de equipamento florestal é um tipo de seguro que serve para proteger os maquinários e equipamentos usados nas atividades florestais — ou seja, em processos de extração, manejo, transporte e processamento de madeira ou outros produtos florestais.
A exemplo disso, alguns tipos de equipamentos florestais que podem ser segurados são:
- Colhedoras florestais;
- Forwarders (carregadores florestais);
- Harvesters (processadores florestais);
- Skidders (tratores florestais);
- Picadores florestais;
- Guindastes florestais;
- Tratores agrícolas adaptados para uso floresta.
O melhor a se fazer é contratar tanto esse seguro de equipamento florestal quando o seguro floresta.
E a lógica que fundamenta isso é: enquanto o seguro de equipamento protege os maquinários essenciais para o manejo e a exploração das florestas, o seguro floresta cobre os riscos que podem comprometer as áreas florestais em si.
O que é seguro agro?
O seguro agro, ou seguro para agronegócio, serve para proteger os produtores rurais e suas atividades contra os diversos riscos relacionados ao agronegócio.
Ele cobre tanto as plantações quanto o patrimônio dos agricultores. Nesse sentido, ele inclui diferentes categorias, que podem ser ajustadas conforme as necessidades do produtor rural.
Os principais tipos de seguro agro são:
- Seguro agrícola: protege as plantações contra riscos como eventos climáticos, pragas e doenças que impactam diretamente a colheita;
- Seguro pecuário: cobertura para animais contra morte, doenças e acidentes;
- Seguro florestal (tema deste conteúdo): voltado para áreas florestais, protegendo contra incêndios, tempestades e outros danos;
- Seguro aquícola: proteção para a criação de peixes e outros animais aquáticos contra doenças, mortalidade e fatores climáticos;
- Seguro de benfeitorias e patrimônio: cobre instalações, máquinas e equipamentos da fazenda contra danos e acidentes;
- Seguro de vida do produtor rural: focado na proteção do produtor e sua família contra imprevistos pessoais.
O que é atividade de produção florestal?
Conforme o Sistema Nacional de Informações Florestais:
“Produção é a atividade de transformação (processo) de matéria-prima em bens de consumo (produtos)”.
Nesse sentido, quando se trata da produção florestal, essa “matéria-prima pode ser proveniente “de florestas plantadas ou de florestas naturais”. Junto a isso, “a transformação da matéria-prima florestal resulta em produtos madeireiros e não madeireiros”.
A atividade de produção florestal, portanto, refere-se ao manejo, cultivo e exploração sustentável de florestas para produzir bens e serviços.
Ela inclui todas as práticas voltadas à obtenção de produtos florestais, como madeira, celulose, resinas, látex, carvão vegetal e biomassa, além de serviços ecológicos, como captura de carbono e conservação ambiental.
Ah, e a produção florestal engloba diferentes etapas — desde o planejamento e plantio até a extração e transporte dos produtos.
Ficou com alguma dúvida?